Banco Espírito Santo já tem comissão liquidatária - TVI

Banco Espírito Santo já tem comissão liquidatária

BES (Reuters)

Prazo para reclamação de créditos foi fixado em 30 dias, pelo que credores do BES têm em teoria até dia 22 de Agosto para reclamar, mas férias judiciais duram até 31 de Agosto

O Banco Espírito Santo  (BES) já tem comissão liquidatária, composta por três elementos, dois dos quais já estavam no banco, e os credores têm agora 30 dias para reclamarem as suas dívidas.

A comissão liquidatária do BES conta com três administradores, dois dos quais já estavam no banco (César Brito e Miguel Alçada), a que se junta também Joana Martins, de acordo com os processos apresentados pelo Banco de Portugal ao portal da justiça, o Citius, e publicados esta sexta-feira.

"O prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias", sendo que este prazo começa a contar a partir de hoje (o dia da publicação) e é contínuo e não suspenso durante as férias judiciais, o que significa que deverá terminar a 22 de agosto, a uma segunda-feira.

Os requerimentos de reclamação devem indicar, nomeadamente, a proveniência do crédito, a data de vencimento, o montante de capital e de juros, mas também a sua natureza comum, subordinada, privilegiada ou garantida e a existência de eventuais garantias pessoais.

Além disso, os credores "devem comunicar de imediato ao administrador da insolvência a existência de quaisquer garantias reais de que beneficiem".

O processo de liquidação do BES inicia-se agora que o Banco de Portugal o requereu em tribunal. Neste processo, será feita a lista de credores pelos quais serão depois distribuídos os bens do banco, em função da hierarquia dos referidos credores.

O Banco de Portugal informou na semana passada que a licença bancária do BES foi revogada pelo BCE, entrando agora em liquidação.

Já se esperava que a revogação da licença para a atividade bancária do BES, a entidade que ficou com os chamados 'ativos tóxicos' do banco da família Espírito Santo, acontecesse até 03 de agosto, quando passam dois anos desde a resolução do banco.

Apesar de até agora o BES ainda ter licença, este já não podia realizar as atividades tradicionais de um banco, nomeadamente receber depósitos e conceder crédito.

O chamado "banco mau" - o BES - fechou o ano de 2015 com prejuízos de 2,6 mil milhões de euros, sendo que a maior parte desses se deveu à decisão de dezembro passado do banco central de passar do Novo Banco para o BES cinco emissões de dívida não subordinada (sénior) no total de 2,2 mil milhões de euros.

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