Banque Privée: Ricardo Salgado está a ser ouvido na CMVM - TVI

Banque Privée: Ricardo Salgado está a ser ouvido na CMVM

Antigo líder do BES está a prestar esclarecimentos à Finma, o supervisor dos mercados financeiros suíço, no âmbito do processo do Banque Privée

O antigo líder do BES, Ricardo Salgado, está a ser ouvido na sede da CMVM, pela Finma, o supervisor dos mercados financeiros da Suíça, no âmbito do processo sobre o processo de intervenção no Banque Privée, confirmou a TVI.

A Finma (o equivalente à CMVM em Portugal) procura mais informações sobre o Banque Privée Espírito Santo, que foi intervencionado na sequência do colapso do Grupo Espírito Santo.

Segundo o que a TVI conseguiu apurar, a Finma está a tentar ouvir todos os antigos administradores do Banque Privée, executivos e não executivos.

No início deste ano, um cliente do Banque Privée apresentou uma queixa-crime contra quatro antigos administradores daquela instituição.

A queixa é contra Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo Silva, Manuel Espírito Santo Silva e António Ricciardi.

Estes interrogatórios decorrem na CMVM no âmbito da cooperação internacional entre as duas instituições.

Salgado, «a qualidade de ex-administrador não executivo do Banque Privée Espírito Santo [BPES], deslocou-se à CMVM a fim de colaborar, voluntariamente, com a entidade de regulação suíça (finma) no que se refere ao apuramento de factos relacionados com o BPES», diz nota enviada à agência Lusa pelo seu advogado, Francisco Proença de Carvalho. ​

No dia 9 de setembro do ano passado, o regulador suíço anunciou ter iniciado o processo de insolvência do Banque Privée Espírito Santo devido ao «sobreendividamento» do banco. Na altura, o regulador estimou que seria possível reembolsar aos clientes os depósitos garantidos «rapidamente e na totalidade». 

«A 19 de setembro de 2014 a Autoridade Suíça de Supervisão dos Mercados Financeiros (FINMA) iniciou os procedimentos de insolvência contra o Banque Privée Espírito Santo. A FINMA detetou que o banco, que está em processo de liquidação voluntária desde julho de 2014, estava sobreendividado», referiu na altura o regulador em comunicado.



 
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