O estudo foi coordenado por José Poças Esteves, presidente da SaeR, e Avelino de Jesus, professor universitário, e deu origem ao livro 'Caso BES, a realidade dos números'.
Os autores consideram que a queda do GES e do BES foi provocada pela crise financeira mas também por falhas no comportamento dos gestores e dos decisores públicos. De acordo com o relatórios dos economistas, a vigilância do supervisor foi insuficiente, por um lado. Por outro, o Banco de Portugal e o Governo ignoraram a importância que um grupo desta dimensão tinha para a economia portuguesa.
Questionado pela TVI sobre a possibilidade da obra cair em descrédito devido ao facto de ter sido encomendada pelo ex-presidente do BES, o coordenador do estudo responde:
Ao contrário daqueles que têm acusado salgado de uma gestão centralizada, este livro alega que a gestão do grupo era equitativa entre os cinco ramos da família."Eu espero que não. O Dr. Ricardo quando encomendou sabia que a opinião que iria ser emitida era uma opinião independente, podia ser a favor ou contra. Encontramos muitos factos a favor mas também há muitos factos onde ele foi culpado".
Os autores sublinham ainda que "a opção de resolução não era a única e que havia várias alternativas possíveis". Escrevem que uma solução que tivesse mantido a integridade do GES, independentemente da sua estrutura acionista, teria assegurado que Portugal não perdia o seu último grupo empresarial e financeiro.