Novo Banco aumenta prejuízos para 362,6 milhões - TVI

Novo Banco aumenta prejuízos para 362,6 milhões

Novo Banco [Reuters]

Valores relativos ao primeiro semestre do ano comparam com os 251,9 milhões de prejuízo verificado no período homólogo de 2015

O Novo Banco registou um prejuízo de 362,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano, valor que compara com os 251,9 milhões de euros de prejuízo verificado no período homólogo do ano passado, divulgou a instituição, neste domingo.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco justifica que o resultado líquido foi influenciado negativamente pela “provisão para custos de reestruturação e pelo registo da totalidade do valor relativo à Contribuição Sobre o Setor Bancário e das contribuições para o Fundo de Resolução Nacional e Fundo Único de Resolução”.

Sem estes efeitos, o resultado do semestre seria negativo em 243,9 milhões de euros”, refere o banco.

O Novo Banco está em processo de venda, tendo os interessados em adquirir a instituição apresentado propostas até final do passado mês de junho. Segundo divulgou então o Banco de Portugal, foram quatro as ofertas recebidas, não tendo contudo relevado de quem se tratam.

A imprensa tem vindo a noticiar que na corrida estão os fundos Apollo/Centerbridge e Lone Star e os bancos BPI e BCP, sendo que este apresentou não uma oferta mas apenas uma carta a demonstrar interesse.

O presidente do Santander Totta, Vieira Monteiro, confirmou na quinta-feira que não apresentou uma proposta pelo Novo Banco, não adiantando porém os motivos pelos quais o banco desistiu de uma eventual compra.

Já o presidente do BPI, Fernando Ulrich, evitou esta semana quaisquer questões sobre a compra refugiando-se na confidencialidade.

O Banco de Portugal tinha como objetivo concretizar a venda do Novo Banco este verão, depois de o processo ter sido suspenso em setembro do ano passado, sendo que a Comissão Europeia deu mais um ano para o processo ser concluído, até agosto de 2017.

Em julho, foi polémica a afirmação que constava de uma carta enviada pelo Governo para Bruxelas em que aquele referia que "não considera a possibilidade" de realizar uma nova ajuda estatal ao Novo Banco, acrescentando que, se o banco não for vendido, entra num processo ordeiro de liquidação.

O Novo Banco teve prejuízos de 980,6 milhões de euros em 2015, justificando mais de metade deste resultado negativo ainda com o 'legado' do BES.

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