Novo Banco: Passos recusa fazer cenários antes de conhecer valores - TVI

Novo Banco: Passos recusa fazer cenários antes de conhecer valores

Primeiro-ministro realça a importância de proteger o sistema financeiro. Prazo para entregar propostas finais terminou esta sexta-feira às 17:00

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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, escusou-se esta sexta-feira a antecipar o valor de venda do Novo Banco, sublinhando apenas que é importante proteger o sistema financeiro.

"Eu não sei qual é o valor da venda, não sei qual é a diferença e, portanto, para que é que eu vou estar aqui a fazer cenários, não faz sentido", declarou o primeiro-ministro.

"Eu espero que, se o valor da venda não corresponder exatamente ao valor da capitalização, que a diferença seja a menos possível para que o sistema financeiro não tenha de suportar perdas por essa razão. E as perdas que venha a suportar por essa razão, se elas ocorrerem, que da parte do Banco de Portugal haja preocupação de oferecer um quadro temporal suficientemente  longo para que essas perdas não criem perturbação ao sistema financeiro", acrescentou.


Esta sexta-feira às 17:00 terminou o prazo para os três interessados na compra do Novo Banco apresentarem as suas propostas melhoradas.  

Anbang, Fosun e Apollo são os três candidatos à privatização do banco que resultou do resgate ao antigo BES.  

A «atratividade da oferta financeira», ou seja, o melhor preço, é o principal critério de escolha entre as propostas que forem apresentadas para a compra da instituição agora liderada por Eduardo Stock da Cunha.   

O segundo critério mais valorizado para a escolha do comprador será a sua disponibilidade para comprar a totalidade dos ativos colocados à venda, seguindo-se-lhe os planos estratégicos e de desenvolvimento apresentados para o Novo Banco, e o impacto geral da operação na concorrência e estabilidade do setor em Portugal.   

A 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.  

O Banco de Portugal, que preside ao Fundo de Resolução, tem duas opções em cima da mesa: ou escolhe um vencedor, ou adia a decisão de venda, já que as regras da resolução lhe dão dois anos para concretizar o negócio. E mesmo esse prazo poderá ser prorrogado. 
 
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