«Presumo que o machado da cruz [contabilista] não tenha decidido por conta própria a contabilidade»
Não lhe vou aqui dizer que era fulano ou sicrano, mas penso que haverá uma combinação entre as pessoas que estavam responsáveis pela tesouraria do grupo
José Manuel Espírito Santo Silva respondia a Carlos Abreu Amorim (PSD) que, de seguida, lhe perguntou se estava a referir-se, designadamente, Machado da Cruz, José Castella e Ricardo Salgado: «Eram os responsáveis,mas não estou a afirmar que foram eles», rematou.
Sobre a confiança que depositou em Ricardo Salgado, referiu que eram e são «como irmãos».
«Quem é que em Portugal não confiava em Ricardo Salgado?»
Mas admitiu que está a «percorrer um caminho em que, de facto», se mostra «surpreendido» com «muita coisa» que se está a passar e que está a ser «averiguada», «também por esta comissão», assinalou.
«Espero os resultados que me permitam continuar com essa amizade e com essa confiança. Se não for assim, é uma grande desilusão para mim».
O ex-administrador do GES disse que ainda que, embora o contabilista tenha referido, desde 2009, 2010, que «estava preocupado com alavancamento do grupo, com crescimento da dívida», «nunca» foi referida a ocultação de erros. «O Dr. Machado da Cruz reportava diretamente ao Dr. José Castella que, por sua vez, reportava ao Dr. Ricardo Salgado», apontou.