Regulador não vê problemas de maior no Metro de Lisboa - TVI

Regulador não vê problemas de maior no Metro de Lisboa

  • VC
  • 3 mar 2017, 09:37
Metro de Lisboa

Autoridade dos Transportes realizou uma "ação inspetiva e de diagnóstico". Detetou "indisponibilidade parcial" na venda de bilhetes e desfasamentos na chegada do metro ao cais, mas não considerou não haver "insuficiências substanciais"

A Autoridade dos Transportes considera que não há “insuficiências substanciais no atendimento ao cliente”no Metro de Lisboa, apesar de ter detetado "indisponibilidade parcial” na venda de bilhetes e“desfasamentos entre os tempos medidos" e informação disponível nos cais. Chegou a essas conclusões depois de ter realizado uma "ação inspetiva e de diagnóstico" em três dias - 12, 14 e 18 de dezembro de 2016.

Situações de indisponibilidade parcial das máquinas de venda automática de bilhetes em diversas estações". Verificaram-se também substanciais desfasamentos entre os tempos medidos/registados 'in loco' pela equipa da ação inspetiva e a informação disponibilizada no 'painel eletrónico de informação'"

O relatório do regulador, que é citado pela LUsa, indica também que o desfasamento nos tempos face ao painel de informação aos passageiros - ou seja, o Metro não chega quando a empresa diz que ele vai chegar - estende-se igualmente à "informação anunciada no sítio da Internet", bem como "a constante do contrato de concessão de serviço público.

Ainda assim, a Autoridade dos Transportes entende que não há problemas de maior.

Na generalidade, não se verificaram insuficiências substanciais no atendimento ao passageiro e no acesso a serviços e infraestruturas. Pelas constatações efetuadas, não foram identificados eventuais incumprimentos legais ou contratuais, [mas isto porque] o contrato não é adequadamente objetivo, de forma a permitir a medição detalhada de indicadores de performance".

Por outro lado, "nem todas as obrigações de serviço público são quantificáveis ou mensuráveis" o que - justifica-se a Autoridade dos Transportes - "inviabiliza a precisa aferição de eventuais incumprimentos e aplicação de eventuais sanções/penalidades".

Considera, por isso mesmo, que o Contrato de Concessão de Serviço Público deve ser "reanalisado e revisto" por forma a que "entre outros objetivos" sejam previstos "indicadores de performance objetivos, claros e mensuráveis" e que "as penalidades e bonificações sejam indexadas ao cumprimento de todas as obrigações de serviço público".

De acordo com dados da base Pordata, o Metro de Lisboa transportou em 2015 pouco mais de 142.700 passageiros. Dez anos antes, em 2005, o Metro de Lisboa transportou mais de 185 mil passageiros. Já em 1990, o Metro lisboeta transportou 141.500 passageiros.

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