BCP dispara mais de 3% com BPI suspenso - TVI

BCP dispara mais de 3% com BPI suspenso

Nuno Amado

A Bolsa de Lisboa fechou esta terça-feira na linha de água, num dia em que os mercados europeus tremeram sob o efeito dos atentados em Bruxelas. As bolsas acabaram por fechar sem uma tendência definida

O índice PSI 20 fechou a sessão desta terça-feira a subir 0,07%, para os 5.193 pontos, puxado pela valorização do Millennium BCP.

O Millennium BCP ganhou 3,38%, beneficiando das notícias que dão como iminente o fim das negociações entre o CaixaBank e a Santoro, de Isabel dos Santos, sobre o controlo do BPI e que pode passar, numa segunda fase, pela entrada da empresária angolana no capital do banco liderado por Nuno Amado.

A negociação das acções do BPI foi suspensa pelo regulador do mercado de capitais antes da abertura da bolsa e até à divulgação de informação relevante, o que não aconteceu até ao fecho do mercado desta terça-feira. De acordo com informações veiculadas pela agência Reuters, para a assinatura de um acordo entre os dois maiores acionistas do banco liderado por Fernando Ulrich falta ultimar pormenores financeiros, formas de pagamento e opções futuras.

Esta terça-feira, destaque ainda para o recuo ligeiro da Galp Energia e da operadora de telecomunicações NOS, apesar desta última empresa ter ganho 2 pontos percentuais de quota de mercado no serviço móvel aos rivais em 2015, de acordo com dados disponibilizados pela Anacom. A MEO, da Altice, continua a liderar o mercado, segundo o regulador das telecom.

Destaque ainda para o grupo EDP, com a casa mãe a cair 1%, enquanto a EDP Renováveis recuou 0,15% depois de ter sido alvo de um corte do preço alvo para 7,5 euros.

Uma das maiores quedas do dia foi dos CTT. As ações cairam 1,69% para 8,505 euros, depois da JP Morgan ter reduzido o preço-alvo que atribui aos CTT para 9,5 euros, sublinhando, contudo, o potencial de subida de 10%  das ações.

Uma nota ainda para as unidades de participação do Montepio, que cairam 4,8%. Em entrevista à Reuters, o presidente executivo do Montepio, José Félix Morgado, disse que o banco tem um capital sólido e robusteceu o balanço para impulsionar o negócio, prevendo regressar a lucros trimestrais durante 2016, apesar do prejuízo de 243,4 milhões de euros em 2015.

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