Bolsas sobem com olhos postos no BCE - TVI

Bolsas sobem com olhos postos no BCE

Mario Draghi [Foto: EPA]

Bolsas europeias interromperam quedas dos dois primeiros dias da semana, na véspera de reunião decisiva do Banco Central Europeu. Bolsa de Lisboa ganhou 0,55% com ajuda da banca, retalho e energia

Os mercados bolsistas europeus voltaram a terreno positivo nesta quarta-feira, interrompendo um ciclo de duas quedas consecutivas, na véspera de uma reunião do conselho de governadores do Banco Central Europeu que pode decidir tomar medidas adicionais de estímulo da economia da zona euro. As bolsas valorizaram entre os 0,62% de Amesterdão e os 0,26% de Madrid.

Lisboa sobe 0,55%

Lisboa acompanhou a tendência europeia e o índice PSI 20 ganhou 0,55%, impulsionado pela valorização de alguns pesos pesados da banca, retalho e energia.

A maior subida do dia foi do BPI, que recuperou 3,248%, depois da queda do dia anterior, provocada pela tomada de mais-valias, na sequência dos ganhos acumulados com as notícias referentes à negociação entre os dois maiores acionistas do banco, o espanhol CaixaBank e a Santoro, de Isabel dos Santos. O BCP, que tem acompanhado o desempenho do BPI, fechou com uma variação nula, nos 0,0386 euros por ação.

A Sonae foi um dos retalhistas que contribuiu para o índice PSI 20, com uma valorização de 2,331%, enquanto que o concorrente Jerónimo Martins ganhou uns ligeiros 0,33%, para 13,68 euros.  As ações da Jerónimo Martins beneficiaram da subida do preço-alvo por parte do banco BIG, para 14,09 euros, face aos 13,89 euros anteriores.

No setor energético, o destaque do dia foi para a EDP, que valorizou 1,766%. Já a EDP Renováveis ganhou 0,298%, apesar da nota negativa do Exane BNP Paribas. O banco francês reduziu o preço alvo das duas empresas para, respetivamente, 2,5 euros (de 2,77 euros) e 6 euros (de 6,4 euros), por causa do potencial impacto negativo da incerteza política no custo de capital, os riscos cambiais no Brasil e os resultados abaixo do esperado.

Portugal paga juros mais altos

No dia dos mercados merece ainda destaque a emissão, por Portugal,  de 1,215 milhões de euros de obrigações do tesouro a cinco e dez anos, com uma subida dos juros face a emissões anteriores. Na emissão a dez anos os juros aumentaram de 2,43% para 3,138% e, no prazo mais curto, Portugal pagou 2,0326%, face aos 1,42% de um leilão anterior realizado em julho passado.

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