Primeiro, nos juros da dívida pública. Os juros das obrigações do tesouro a 10 anos da Grécia atingiram, esta segunda-feira, o valor mais alto dos últimos dois anos e meio. Chegaram aos 15%, uma subida de 390 pontos base face ao fecho da passada sexta-feira, valor que não era visto desde meados de dezembro de 2012.
Juros da dívida dos países periféricos sobem
Os países periféricos da Zona Euro foram os que mais sentiram os efeitos desta subida, embora com um impacto bastante limitado. Os juros da dívida pública a 10 anos de Portugal subiram 30 pontos base para um máximo do dia de 3,057% e os juros das obrigações espanholas, com a mesma maturidade, valorizaram 17 pontos base, para 2,344%.
Uma nota ainda para a subida do prémio de risco português, medido pelo custo dos crédit default swaps, que disparou 18,5%. Um sinal de que os mercados temem um contágio de uma eventual saída da Grécia do euro.
Bolsa de Lisboa afundou 5,22%
O maior impacto da crise grega fez-sentir nas bolsas europeias que sofreram, em média, uma queda de 5%. Lisboa foi, mais uma vez, líder das quedas na Europa, com um recuo de 5,22%.
O índice PSI 20 foi arrastado pela forte desvalorização da banca, com o Millennium BCP a afundar 11,111%, para 0,0752 euros por ação, o Banif a recuar 8,824%, para 0,0062 euros, e o BPI a cair 8,455%, para 1,0070€. Para além da banca, destaque, pela negativa, para a Pharol, cujas ações desvalorizaram 10% e já valem menos de 40 cêntimos por título.
Nas restantes bolsas, Milão caíu 5,17%, a bolsa de Madrid, 4,56%, Paris 3,74% e o mercado de Frankfurt recuou 3,56%. À hora de encerramento das bolsas europeias, os índices norte-americanos Dow Jones e Nasdaq seguiam em terreno negativo, com quedas a rondar 1,5%.