Empresas perdem 31 mil milhões de euros no mercado após ameaças de Bolsonaro - TVI

Empresas perdem 31 mil milhões de euros no mercado após ameaças de Bolsonaro

  • Agência Lusa
  • AG
  • 9 set 2021, 07:14
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil

Desafio do presidente brasileiro à Justiça não foi bem recebido pela bolsa

As empresas de capital aberto da bolsa de valores brasileira perderam 195,3 mil milhões de reais (31 mil milhões de euros) em valor de mercado na quarta-feira, depois das ameaças de Jair Bolsonaro, noticiou a imprensa.

As empresas que mais perderam valor de mercado, num único dia, foram a Petrobras, que perdeu 19,6 mil milhões de reais (3,13 mil milhões de euros), a Ambev (15,4 mil milhões de reais, ou 2,45 mil milhões de euros), a Itaú (14,3 mil milhões de reais, 2,27 mil milhões de euros), a Bradesco (12,2 mil milhões de reais, 1,94 mil milhões de euros) e a Vale (10,1 mil milhões de reais, 1,61 mil milhões de euros), de acordo com o portal de notícias G1, com base em dados da consultora Economática.

A forte queda no valor de mercado das empresas que integram a B3, como é conhecida a bolsa de valores brasileira, verificou-se um dia depois das polémicas manifestações antidemocráticas convocadas por apoiantes do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na terça-feira, no feriado que comemora a Independência do Brasil.

Na ocasião, Bolsonaro desafiou a justiça brasileira ao afirmar que "não mais cumprirá" decisões do juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e acrescentou que "nunca será preso".

O chefe de Estado brasileiro ameaçou outros juízes brasileiros, em dois discursos que fez para milhares de apoiantes nas cidades de Brasília e São Paulo, e frisou que a manifestação popular representava um ultimato aos três poderes.

As declarações de Bolsonaro tiveram uma forte repercussão no país, quer a nível institucional, quer a nível financeiro.

Num único dia perdemos em valor de mercado o equivalente ao banco Bradesco, que é a quinta maior empresa dentro do índice", disse à rede Globo o economista Einar Rivero, da Economática.

Os investidores brasileiros mostraram maior prudência, na sequência das manifestações, pelo que o índice Ibovespa, referência do mercado de ações, encerrou com uma forte queda de 3,78% e ficou em 113.412 pontos, a maior queda diária desde 08 de março deste ano.

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