Trump continua a abalar mercados mas energia ajuda Lisboa - TVI

Trump continua a abalar mercados mas energia ajuda Lisboa

Dólar sobe para máximos de 14 anos e as yields da dívida - taxa de rendibilidade de um título de dívida -, de um modo geral, disparam face à expectativa de uma inflação mais elevado na maior economia do mundo

Os sinais são positivos nas praças europeias esta manhã, a contrariar as quedas dos mercados asiáticos, penalizados por um receio geral quanto aos países emergentes. O PSI20 ganha 0,89% para 4.410,23 pontos.

Desde a eleição de Donald Trump, há uma semana, para a presidência dos Estados Unidos que os mercados estão tão, ou mais, alerta do que estiveram no Brexit, que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.

Agora os investidores deparam-se com a combinação de fatores preocupantes, na reação mais imediatas ao anúncio do futuro presidente sobre as medidas protecionistas à economia norte-americana que pretende tomar. O dólar sobe para máximos de 14 anos e as yields da dívida - taxa de rendibilidade de um título de dívida - , de um modo geral, disparam face à expectativa de uma inflação mais elevado na maior economia do mundo, dizem analisuas citados pela Reuters.

Foi o que aconteceu ontem e a tendência pode ter vindo para ficar. Já esta terça-feira, no mercado da dívida, as yields das Obrigações do Tesouro portuguesas continuam em alta, em linha com a venda global de dívida soberana.

Em Lisboa, as empresas do setor da energia voltaram aos ganhos com a EDP destaca, a subir 2,04% para 2,691 euros, seguida da Galp, em alta de 1,69% para 11,695 euros num dia em que o petróleo recupera nos mercados internacionais.

Otimismo também nos setores mais tradicionais, como o retalho onde a Jerónimo Martins cresce 1,85% para 14,820 euros, ou a construção, com a Mota-Engil a disparar 1,36% para 1,711 euros, e até na cortiça com qa Corticeira Amorim a disparar 1,57% para 8,233 euros.

Nas telecomunicações, a Pharol cai 6,69% para 0,195 euros, uma tendência que já vem de ontem com a maior acionista da brasileira Oi a ter a pior performance do índice, recuando 8,3%. Na sexta-feira passada, um grupo de obrigacionistas rejeitou o plano de reestruturação proposto pela gestão da Oi a 5 de setembro, após o pedido de proteção de credores.

Entretanto, o bilionário egípcio Naguib Sawiris e um grupo de obrigacionistas dissidentes estão a trabalhar numa alternativa ao plano da Oi.

Na banca o BCP já consegui inverter a tendência do início da manhã e sobe 1,20% para 1,265 euros.

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