Acordo para Grécia terá «impacto positivo» em Portugal - TVI

Acordo para Grécia terá «impacto positivo» em Portugal

Olli Rehn chega à cimeira do G7

Opinião é da Comissão Europeia que acredita que o nosso país está a ver os seus esforços dificultados por «fenómenos externos»

Relacionados
A Comissão Europeia sustentou esta segunda-feira que um acordo sobre o segundo programa de assistência à Grécia terá também um «impacto positivo» em Portugal, que, tal como outros países vulneráveis, está a ver os seus esforços serem dificultados por «fenómenos externos».

Questionado sobre a eficácia das medidas que estão a ser adotadas por Lisboa, o porta-voz dos Assuntos Económicos, lembrando que a terceira avaliação da troika está atualmente em curso, apontou que as anteriores foram satisfatórias, mas admitiu que «é verdade que Portugal está também a experimentar o impacto de fenómenos externos».

«O abrandamento da retoma em toda a Europa tem também um impacto em Potugal, claro, assim como incertezas quanto à resposta global à crise e mesmo a situação na Grécia», assinalou Amadeu Altafaj Tardio, citado pela Lusa.

«Infelizmente, Portugal e outros países vulneráveis sofrem os impactos destas incertezas, pelo que uma solução sobre o segundo programa para a Grécia terá também um impacto positivo para todos os Estados vulneráveis da União Europeia», comentou o porta-voz do comissário Olli Rehn, no dia em que é esperada uma decisão do Eurogrupo sobre um segundo pacote de ajuda à Grécia, na ordem dos 130 mil milhões de euros.

No final da anterior reunião dos ministros das Finanças da zona euro, a 10 de Fevereiro, o ministro Vítor Gaspar defendera a ideia de que o acordo para o segundo resgate à Grécia será um «importante elemento de credibilização e estabilização» para a área do euro e «muito benéfico para um país como Portugal».

Relativamente aos resultados das medidas que têm vindo a ser implementadas pelo Governo português, Amadeu Altafaj Tardio apontou que «a terceira avaliação (da troika) está neste momento a decorrer em Lisboa», e dará «uma imagem clara da situação do país», pelo que se escusou a avançar «previsões» do desfecho da missão conjunta do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu, iniciada a 15 de Fevereiro.

Ainda assim, afirmou que «até agora o nível de implementação foi satisfatório, as reformas estão a ser implementadas, tanto do lado orçamental como do lado estrutural». «Quanto ao resto, uma vez que a avaliação tiver sido concluída, será apresentada à imprensa».

A missão conjunta da troika iniciou na passada quarta-feira a terceira avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira de Portugal.

Os técnicos liderados por Poul Thomsen (FMI), Jürgen Kröger (CE) e Rasmus Rüffer (BCE) deverão permanecer em território nacional, a avaliar as metas do programa português, durante cerca de duas semanas, para decidir se recomendam ou não o desembolso da quarta tranche do empréstimo a Portugal.

Portugal recebeu até ao mês passado quase 40 mil milhões de euros do empréstimo do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia, mais de metade do valor total acordado com as instituições em maio do ano passado.

A troika vai analisar de perto as reformas estruturais, a reestruturação do Setor Empresarial do Estado, as dívidas por pagar há mais de 90 dias e o panorama macroeconómico, entre muitos outros aspetos.

O Eurogrupo está reunido para decidir sobre o segundo resgate à Grécia, e os ministros estão optimistas quanto a um acordo ainda hoje. Mas alguns fatores decisivos ainda estão em discussão, como o valor do resgate e do perdão do setor privado.

O ministro das Finanças grego pediu uma >«autorização clara»Atenas e Finlândia fecharam um acordo bilateral.
Continue a ler esta notícia

Relacionados