“Pela primeira vez houve uma discussão sobre um ‘plano B’ para a Grécia”, disse uma das fontes à agência. Esta foi uma afirmação confirmada por todas as outras fontes europeias.
"Seriam necessários progressos em poucos dias, o que não foi conseguido em semanas. O BCE, FMI é vários Estados-membro estão “céticos”.
Em causa continua a estar um acordo entre Atenas e os seus credores internacionais em torno das reformas com as quais o governo de Tsipras se deve comprometer para ter direito ao desembolso de 7,2 mil milhões de euros, uma tranche da assistência financeira suspensa há meses.
A Grécia enfrenta problemas de liquidez e vai ter de pagar perto de 1,6 mil milhões de euros ao FMI a 30 de junho.
Acordo sem FMI?
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, considerou esta sexta-feira que um acordo com a Grécia sem o Fundo Monetário Internacional (FMI) é "impensável".
Sem o FMI, um acordo é "impensável", porque "o conteúdo deve ser real e se (o acordo) tiver um conteúdo real, o FMI também participará", declarou Dijsselbloem em declarações à imprensa em Haia, um dia depois de o FMI ter anunciado que a equipa de negociadores tinha deixado Bruxelas e regressado a Washington.
Na quinta-feira, o FMI abandonou Bruxelas depois de 11 horas de negociações, alegando que o acordo com a Grécia estava "bastante longe" devido às "grandes diferenças" em temas "chave" com os credores internacionais.
Segundo a edição de hoje do jornal alemão Bild, o governo alemão está a fazer “consultas concretas”para determinar o que fazer se a Grécia entrar em incumprimento. Entre os cenários, avança o periódico, está a introdução do controlo de capitais e um corte no valor da dívida.