Grécia: Rui Machete sem muita esperança em novidades - TVI

Grécia: Rui Machete sem muita esperança em novidades

Rui Machete [Lusa]

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros “não há muita esperança” em avanços nas negociações entre a Grécia e os seus parceiros e credores europeus

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, disse esta quarta-feira, em Bruxelas, que “não há muita esperança” em avanços nas negociações entre a Grécia e os seus parceiros e credores europeus que permitam desbloquear um acordo no imediato.

Questionado sobre a nova ronda de conversações prevista para hoje em Bruxelas, à margem da cimeira UE-Celac (América Latina e Caraíbas), designadamente entre o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollanda, Rui Machete, que representa Portugal na cimeira, disse que ainda não há notícias e não está à espera que haja em breve.

“Sobre isso não temos notícia nenhuma que se possa dar porque neste momento não há. Realmente ontem (terça-feira) houve uma reunião, hoje parece que também há uma reunião, mas não há notícias ainda significativas, e não há muita esperança de que elas venham a acontecer num período curto”, declarou.


Aproveitando a presença de chefes de Estado e de Governo em Bruxelas para a II cimeira UE-Celac, haverá hoje uma nova reunião entre Tsipras, Merkel e Hollande, prevista para depois do jantar oficial da cimeira, tendo fontes diplomáticas francesas indicado que o objetivo do encontro é fazer “um ponto da situação” sobre as negociações.

Em causa continua a estar um acordo entre Atenas e os seus credores internacionais em torno das reformas com as quais o Governo de Tsipras se deve comprometer para ter direito ao desembolso de 7,2 mil milhões de euros, uma tranche da assistência financeira suspensa há meses, e que precisa da luz “verde” unânime de todos os países da zona euro.

Após um fim de semana de tensão, a Grécia retomou na terça-feira as negociações com os credores europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo urgente um acordo para Atenas, que enfrenta problemas de liquidez e vai ter de pagar perto de 1,6 mil milhões de euros ao FMI a 30 de junho.
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