O ministro das Finanças português, Mário Centeno, apresentou mesmo candidatura à presidência do Eurogrupo e é dado como favorito, que conta ainda com mais três candidatos à sucessão do holandês Jeroen Dijsselbloem: o eslovaco Peter Kazimir, a letã Dana Reizniece-Ozola e o luxemburguês Pierre Gramegna.
4 EU #Finance ministers, candidates for #Eurogroup presidency: 🇵🇹#Portugal Mario Centeno, 🇸🇰#Slovakia @KazimirPeter, 🇱🇺#Luxembourg @PierreGramegna & 🇱🇻 #Latvia @DanaReiznieceOz: https://t.co/q5iWvaKFVX
— EU Council Press (@EUCouncilPress) 30 de novembro de 2017
Final decision on 4/12!
É ainda necessário esperar por sexta-feira de manhã (feriado em Portugal) pelo anúncio formal de candidaturas, mas os nomes já foram avançados. A eleição em si terá lugar na reunião do Eurogrupo da próxima segunda-feira, em Bruxelas.
Os concorrentes de Centeno
Kazimir, que tal como Centeno pertence à família política dos Socialistas Europeus, confirmou já durante a tarde de hoje, na sua conta na rede social twitter, que apresentou a candidatura a presidente do Eurogrupo, adiantando desde já, em jeito de campanha, que o seu objetivo é “construir pontes”.
Dana Ozola (Verdes) e Gramegna (Liberais) anunciaram formalmente, mas ambos fizeram efetivamente chegar as respetivas candidaturas até ao prazo limite para o efeito, 12:00 de hoje em Bruxelas (11:00 de Lisboa), confirmaram fontes governamentais dos dois países.
O Governo português anunciou formalmente ao final da manhã a candidatura de Mário Centeno, tendo o primeiro-ministro, António Costa, afirmando que a mesma procura estabelecer consensos e "reunir todos" à volta dos desafios que a moeda única europeia enfrenta e das reformas de que precisa.
Mário Centeno também já deu hoje uma conferência de imprensa para dar conta da sua candidatura à presidência do Eurogrupo, afirmando que pretende dar "um contributo construtivo", mesmo que "crítico às vezes" para "encontrar caminhos alternativos".
Com 50 anos e natural de Olhão, Algarve, o ministro das Finanças assumiu a pasta a 26 de novembro de 2015 e é apontado pela generalidade da imprensa internacional como o grande favorito ao cargo.
Foi “eleito” entre os grandes candidatos dos Socialistas Europeus, a família política com mais possibilidades de garantir (neste caso, manter) o posto até agora ocupado pelo holandês Jeroen Dijsselbloem (na foto de capa deste artigo, em cima).
Kazimir também pertence à família socialista, mas é conhecido por assumir posições mais próximas da chamada “linha dura”, como aconteceu durante a última crise grega, quando a Eslováquia era dos aliados mais próximos do então ministro alemão Wolfgang Schäuble. Segundo vários analistas, terá poucas possibilidades.
O Financial Times adianta que a decisão sobre qual o candidato a reunir o maior consenso entre os socialistas foi tomada à margem da cimeira UE-África que decorre até hoje em Abidjan, em encontros entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, com os primeiros-ministros de Portugal, António Costa, e de Itália, Paolo Gentiloni, para decidir quem deveria avançar entre Centeno e o ministro italiano Pier Carlo Padoan, tendo a escolha recaído no ministro português.
Seja quem for eleito novo presidente do Eurogrupo, tem já data certa para iniciar funções: já em janeiro de 2018.