Sporting: auditoria fala de ameaça à continuidade das operações da SAD - TVI

Sporting: auditoria fala de ameaça à continuidade das operações da SAD

  • (Em atualização) ALM
  • 19 jun 2018, 08:17
Sporting

Até à data saíram nove jogadores da equipa principal. PWC diz que, eventual valor irrecuperável do plantel arrasta capitais próprios para negativo

Com o clube em plena convulsão, uma auditoria, da PWC, vem agora relevar preocupações em relação às contas e à capacidade de continuidade da SAD leonina tendo em conta a saída, até ao momento de nove jogadores da equipa principal.

Em comunicado , enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD diz que, cumprido as obrigações de esclarecimento ao regulador - não só porque há acionistas mas também um pedido de emissão obrigacionista em curso -, na sequência das recentes rescisões de contratos de trabalho desportivo de jogadores, considerados como sendo dos mais valiosos em termos de mercado, e do consequente impacto na gestão do risco de liquidez da Sporting SAD, "em virtude da impossibilidade de realização do valor de venda dos referidos ativos no curto prazo e dos impactos conexos na atividade da sociedade, constatamos [revela a auditoria da PWC] existir a esta data uma ameaça concreta em relação à continuidade das operações da Sporting SAD."

A comunicação da PWC, refere a incerteza material, relacionada com a continuidade das operações da sociedade, que "já constava da certificação legal das contas e relatório de auditoria, que fez, referente a 30 de junho de 2017 (contas anuais auditadas), bem como de reservas e ênfases, constantes de relatórios e contas de exercícios anteriores."

Os impactos calculados a 31 de Março de 2018, data a que reportam as últimas contas publicadas pela sociedade, em termos do ativo intangível – valor do plantel, "indicam, para os jogadores comunicados pela sociedade como factos relevantes, um valor de redução do mesmo em cerca de 16,5 milhões de euros, representando 6% do total do ativo".

Da mesma forma, "o impacto da possível imparidade associada ao valor do plantel, sem qualquer efeito de imposto sobre o rendimento, conduziria, na mesma data de 31 de março de 2018, a que o total dos capitais próprios passasse de 7,5 milhões de euros para cerca de 9 milhões de euros negativos."

O conselho de administração "considera que a continuidade das operações da sociedade se encontra assegurada, encontrando-se a trabalhar com o objetivo de promover as operações necessárias à melhoria da performance económico-financeira, com a devida sustentabilidade, nomeadamente, através do crescimento das principais linhas de receita, do controlo dos gastos operacionais, mantendo um nível de investimento adequado, e da procura dos melhores negócios de venda de direitos desportivos e federativos de jogadores", diz ainda o comunicado enviado à CMVM.

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