Manutenção do Estado Social depende de investimento em inovação e ciência - TVI

Manutenção do Estado Social depende de investimento em inovação e ciência

Carlos Moedas (EPA/LUSA)

Palavras do comissário europeu Carlos Moedas,que diz que cabe ao poder política criar condições favoráveis

O comissário europeu Carlos Moedas afirmou esta quinta-feira que a manutenção do Estado Social depende da capacidade de investir em inovação, ciência e investigação porque isso irá trazer «melhores condições, melhores empregos e crescimento».

O comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação falava no 24.º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que termina esta qinta-feira em Lisboa.

«A Europa está, sem dúvida, lentamente a sair de uma das maiores crises económicas da história recente, e precisamos também de alguma sorte, mas precisamos acima de tudo de inovação, investir em projetos na área do conhecimento e da ciência, precisamos de melhor ambiente para o investimento, é a única forma de manter o Estado Social», afirmou Carlos Moedas.

«Manter o nosso Estado Social depende da nossa capacidade de investir em inovação, ciência e investigação porque isso nos trará melhores condições, melhores empregos e crescimento e, dessa maneira, podemos abater dívida, essa dívida que arrasta os países na Europa e criar oportunidades de competir com o resto do mundo», acrescentou o comissário europeu.

«Cabe ao poder político criar as condições favoráveis para a investigação, ciência e inovação. Se o poder político não o fizer» não haverá inovação, ciência, nem investigação, considerou, acrescentando que «cabe ao poder público financiar as áreas de investigação onde há falhas de mercado, mas há um limite para o papel da Comissão Europeia e dos governos».

Moedas sublinhou que «os verdadeiros protagonistas» são «os empreendedores que apostam na investigação e desenvolvimento» e os «trabalhadores, que no dia a dia introduzem melhorias nos processos», já que a inovação não é só tecnologia.

Na sua intervenção, Carlos Moedas lembrou que já tinha falado num dos congressos da APDC há alguns anos, recordando que na altura tinha criticado as políticas de inovação de Bruxelas.

«Não é por estar onde estou hoje que mudei a opinião» do que disse na altura, afirmou.
 
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