Empresas de segurança denunciam campanha de desinformação da Visa e MasterCard sobre o 'contactless' - TVI

Empresas de segurança denunciam campanha de desinformação da Visa e MasterCard sobre o 'contactless'

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  • MJC
  • 1 fev 2021, 17:17
Pagamento

Empresas de segurança dizem que Visa e MasterCard "promovem o medo junto das pessoas" a convencem-nas, erradamente, de que os pagamentos 'contactless' limitam a propagação do vírus

A Associação das Empresas de Segurança (AES) juntou-se hoje à Associação Europeia das Empresas de Segurança e Transportes (ESTA) na contestação à Visa e MasterCard devido a uma alegada "campanha de desinformação" relativa aos pagamentos sem contacto ('contactless').

Em comunicado hoje divulgado pela AES, esta associação juntou-se à sua congénere europeia, que "denunciou à Comissão Europeia o que entende ser uma campanha de desinformação levada a cabo pelas gigantes Visa e MasterCard, na qual promovem o medo junto das pessoas, instando-as a não utilizar o numerário como meio de pagamento, divulgando mensagens falsas visando incentivar o uso de pagamentos eletrónicos sem contacto".

A ESTA enviou uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acusando as empresas de estarem "despudoradamente interessadas em promover os respetivos negócios enquanto o mundo tenta lutar contra a covid-19".

A ESTA apresentou à presidente da Comissão Europeia documentos nos quais Visa e MasterCard sustentam - 'usar dinheiro é extremamente arriscado' e 'pagamentos 'contactless' limitam a propagação do vírus'", argumentos que as empresas de segurança e transporte de dinheiro consideram "desprovidos de qualquer demonstração científica".

Desta forma, a associação portuguesa, "revê-se nesta tomada de posição da ESTA porquanto considera que o pagamento sem contacto não implica compras sem contacto, exceto quando verificadoE, em transações 'online'".

"A alegação é falaciosa e enganosa, pois induz os consumidores a acreditarem que estão protegidos contra a contaminação se pagarem sem contacto, o que não é o caso", de acordo com a associação presidida pelo advogado Rogério Alves.

A AES assinala, no comunicado, que "diferentes autoridades de saúde internacionais e nacionais já asseguraram que a utilização de notas e moedas não acarreta riscos adicionais na propagação do vírus SARSCov-2".

"O próprio Banco Central Europeu, através da análise regular do numerário em laboratórios, demonstrou que a transmissibilidade do vírus em superfícies plásticas é bastante superior à verificada em notas de algodão", sustenta a associação.

A AES refere ainda que "as empresas de transporte de valores tudo farão para reforçar o fornecimento de notas às caixas ATM e responder às solicitações de notas e moedas de euros a todas as cadeias de retalho".

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