Salgado não falou de Portas porque deputados não perguntaram - TVI

Salgado não falou de Portas porque deputados não perguntaram

Antigo homem forte do universo Espírito Santo voltou a escrever à Comissão de Inquérito para esclarecer encontros com Cavaco Silva e Paulo Portas. Na carta entregue na sexta-feira no Parlamento, pede que a sua resposta «não venha a ser desvirtuada para outros fins»

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Ricardo Salgado enviou uma nova carta à Comissão de Inquérito ao caso BES a explicar os encontros com Cavaco Silva e Paulo Portas. O ex-presidente do BES volta a escrever ao Parlamento, para esclarecer a carta anterior e pede para não ser descontextualizado.
 
Na quinta-feira, os deputados receberam uma primeira carta de Ricardo Salgado. Na sexta-feira, chegou mais uma missiva do ex-presidente executivo do Banco Espírito Santo.
 
Primeiro, o banqueiro revelou dois encontros com Cavaco Silva e outro com Paulo Portas, antes do colapso do banco. Na segunda carta, Salgado esclareceu as informações que deu e que levaram os partidos da oposição a exigir explicações do Presidente da República e do vice-primeiro-ministro no Parlamento.
 
Indignado com a reação de socialistas, comunistas e Bloco de Esquerda, Ricardo Salgado escreve que «(…) houve uma tentativa de descontextualizar os esclarecimentos (…)». O banqueiro pede que a sua resposta «não venha a ser desvirtuada para outros fins».
 
Salgado refere-se então às reuniões com altos cargos do Estado e do Governo. E esclarece que não as revelou na mesma altura porque apenas se limitou a responder às perguntas dos deputados.
 
Ou seja, diz o banqueiro, que na carta que enviou à Comissão a 20 dezembro omitiu o encontro com Paulo Portas porque os deputados não lhe perguntaram em específico sobre reuniões com essa entidade.
 
Isso só aconteceu na semana passada, um mês depois, porque segundo Salgado, só no ofício seguinte que recebeu da Comissão havia uma pergunta com referência ao vice-primeiro-ministro.
 
Sob suspeita de levar a lume figuras políticas ou de tentar proteger Portas, Salgado voltou a usar o correio para pôr água na fervura e afastar a polémica.

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