Patrões: IVA de caixa vai beneficiar tesouraria das empresas - TVI

Patrões: IVA de caixa vai beneficiar tesouraria das empresas

João Vieira Lopes, CCP

Confederações patronais pedem pagamentos a tempo e horas no Estado

O IVA de caixa, medida aprovada ontem em Conselho de Ministros, tem merecido elogios das confederações patronais. Esta sexta-feira, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços (CCP), João Vieira Lopes, disse que a medida vai fomentar a liquidez das empresas em tempos de austeridade.

«O IVA de Caixa é positivo na medida em que vai fomentar alguma liquidez das empresas, algo que não tem acontecido devido à atual situação que o país atravessa», disse Vieira Lopes aos jornalistas à margem de um encontro com a UGT.

No entender do representante da confederação patronal, «provavelmente, esta será das primeiras medidas com alguma influência em termos de tesouraria» das empresas.

«Até agora só temos ouvido declarações sobre que há dinheiro na banca, mas as empresas não o veem e quando têm acesso a ele é com taxas de juros altíssimas», comentou.

Relativamente ao facto de a medida há muito reivindicada pelos patrões entrar em vigor em outubro, de acordo com o Governo, Vieira Lopes entende que «nestas coisas, nada é tardio. Mais vale tarde do que nunca, é uma medida que julgamos positiva, mas ficamos na expectativa de ver qual é o formato legal da lei», referiu.

Também a Confederação do Turismo Português (CTP) aplaudiu a medida e apelou a outras que levem ao pagamento atempado de faturas, em particular pelo Estado.

«A CTP apoia a introdução do IVA de caixa, como medida de algum alívio de tesouraria das pequenas empresas do setor», disse à Lusa fonte oficial, acrescentando o parceiro social que «gostaria que a medida se aplicasse a empresas com um volume de negócios superior aos 500.000 euros, mas reconhece que o Governo está limitado pelas normas europeias e pelos compromissos assumidos no memorando com a troika».

Adicionalmente, a confederação liderada por Francisco Calheiros apelou «ao reforço das medidas que conduzam ao pagamento atempado das faturas por parte de todos os agentes económicos, a começar pelo próprio Estado».
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