Dados revelam que desemprego estrutural "é muito elevado" - TVI

Dados revelam que desemprego estrutural "é muito elevado"

Arménio Carlos [Foto: Lusa]

Arménio Carlos diz que números "confirmam um problema de fundo"

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considerou este sábado que os números do desemprego de agosto "confirmam um problema de fundo", que é o facto de o desemprego estrutural ser "muito elevado".

De acordo com números divulgados na sexta-feira pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o desemprego registado no final do mês de agosto baixou 14,0% em termos homólogos, mas em comparação com o mês anterior, o número total de desempregados registados no IEFP aumentou 0,7%.

Em declarações à Lusa, Arménio Carlos afirmou que "estas pequenas variações confirmam um problema de fundo: o desemprego estrutural é muito elevado independentemente da emigração e do número de pessoas que deixa de constar dos cadernos do IEFP como desempregados".

Para o dirigente da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGPT), trata-se de "um problema que não se vislumbra que seja resolvido com esta política de baixos salários e emprego desqualificado", pelo que é preciso "uma alteração profunda das políticas para o crescimento e que permitam outra distribuição da riqueza".

A Lusa tentou também contactar a União Geral de Trabalhadores (UGT) sobre este assunto, mas até ao momento ainda não foi possível.

Referindo-se ao aumento do desemprego em agosto face a julho, Arménio Carlos considerou ainda que "estes exemplos contraditórios demonstram que o problema do desemprego não se resolve com estas políticas de empregos precários e de baixos salários".

Regionalmente, a descida homóloga no desemprego registado foi mais forte no Algarve (20,6%, para 15.761), seguida por Lisboa e Vale do Tejo (17,2%, para 155.977) e Norte, onde a descida foi de 12,5%, para 235.743, o que não impediu que continue a ser a região com mais desemprego registado em Portugal.

Aquela redução homóloga geral em 14%, desdobrada por género, foi mais forte nos homens (14,9%, para 252.227), do que nas mulheres (13,3%, para 284.354)

 
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