“Temos de agir agora” para lidar com as alterações climáticas, afirma Christine Lagarde. “E penso que cabe aos governos, aos parlamentos e aos legisladores tomarem as decisões certas para incentivar as abordagens certas, os comportamentos certos e as políticas certas, em termos da energia, sobretudo.”
A presidente do BCE está há muito envolvida com o combate às alterações climáticas, e não acompanha o ceticismo em relação à cimeira do Clima, COP-26, que reuniu líderes mundiais em Glasgow.
“Estou... entusiasmada pelos compromissos que se fizeram, mas também estou determinada a vê-los serem implementados no dia a dia, e a partir de agora, não em 2030 ou 2050.”
O próprio BCE tem adotado medidas concretas sobre o clima, com medidas que na prática tornarão os créditos mais caros para empresas poluentes.
“Os bancos centrais podem apoiar, todos podem agir, e já incluímos as alterações climáticas na nossa estratégia enquanto uma consideração fundamental que temos de ter em conta para a determinação da política monetária, para a avaliação da macroeconomia, para a avaliação de riscos, para os testes de esforço, para as garantias e para medir os riscos nos nossos balanços. Mas cabe ao Governo e ao Parlamento tomarem as grandes medidas para mudar, a partir de agora, para cumprirem esses compromissos que estão a fazer para 2030 e 2050.”
Enquanto pessoa, além de como Presidente do Banco Central Europeu, Lagarde garante estar “muito interessada em que governos, parlamentos e todos os envolvidos tomem as decisões certas para combater as alterações climáticas o façam. E levantarei a minha voz quando puder, e se for conveniente”, conclui.
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