Covid-19: "Se Estado não der garantia ao emprego, depois vai ter de subsidiar desemprego" - TVI

Covid-19: "Se Estado não der garantia ao emprego, depois vai ter de subsidiar desemprego"

  • SS
  • 6 abr 2020, 23:01

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, esteve esta segunda-feira no Jornal das 8 da TVI

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, considera que se não forem dados apoios às empresas que permitam preservar o emprego, mais tarde o Estado vai ter de subsidiar desemprego. O responsável este esta segunda-feira no Jornal das 8 da TVI, para uma entrevista conduzida por Pedro Pinto e Miguel Sousa Tavares.

Entre subsidiar desemprego e dar esta garantia ao emprego então que se antecipe, garantindo emprego para não se pagar depois em desemprego."

A CIP entregou um plano ao Governo para garantir 500.000 postos de trabalho, que tem como contrapartida uma injeção de 20 a 30 mil milhões de euros nas empresas, um valor que ultrapassa os 10% do PIB.

António Saraiva afirmou que este é um cenário sobre o qual nunca se trabalhou e, mesmo que a verba não venha a ser necessária na totalidade, é preciso que o país esteja preparado para uma crise desta dimensão.

Esta crise é disruptiva. Nós estamos a trabalhar com um cenário que nunca aconteceu. Em vez de estarmos com aspirinas ataquemos já com o antibiótico. Não quer dizer que vamos utilizar os 20 mil milhões, agora temos é de estar preparados para essa dimensão."

O responsável frisou que o combate à pandemia não pode matar a economia sob pena de, mais tarde, se gerar uma crise social.

Há que combater esta pandemia, mas não matemos a economia sob pena de termos depois uma crise social."

Questionado sobre como é que o Estado vai obter esses 20 mil milhões, António Saraiva reconheceu que há duas hipóteses: "ou endividar-se ou fazer um exercício de equilíbrio entre Orçamento do Estado e dívida".

O presidente da CIP considerou ainda que o Governo reagiu com algum atraso. "O Governo está a reagir com algum atraso. Tenho criticado não as medidas, mas o atraso."

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