A Câmara de Lisboa já encaixou 1,1 milhões de euros com a cobrança da taxa turística nos hotéis e estabelecimentos de alojamento local. O balanço está “em linha com o planeado”, segundo o vereador das Finanças, João Paulo Saraiva.
“Neste momento, o município já tem submetidos 1,1 milhões de euros. Já estão todos os hotéis [196] registados na plataforma e mais cerca de 2.100 alojamentos locais”.
Aprovada em 2014, a Taxa Municipal Turística começou a ser aplicada a 1 de janeiro deste ano sobre as dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local, sendo cobrado um euro por noite até um máximo de sete euros.
O objetivo da autarquia, de maioria PS, é arrecadar uma receita de 15,7 milhões este ano, valor que reverte para um fundo turístico criado para financiar investimentos na cidade.
João Paulo Saraiva disse anteriormente à Lusa estar em negociações com plataformas ‘online’ para aluguer de casas para turismo, como o Airbnb e o HomeAway, para cobrar a taxa, mas hoje não revelou mais pormenores sobre essa situação.
Em meados de fevereiro, por escrito, à mesma agência de notícias, a Airbnb referiu que está “sempre preparada para conversar e colaborar com as autoridades em tudo o que envolve a sua atividade e não apenas sobre a taxa turística”.
“Estamos ainda em conversações em Lisboa, mas noutras cidades, como os pagamentos são feitos pelos hóspedes dentro da plataforma Airbnb, a taxa é coletada pela Airbnb em nome dos anfitriões e depois entrega-a às autoridades”
Além das dormidas, a taxa será cobrada este ano nas chegadas por via aérea e marítima a Lisboa, mas ainda não se sabe como.
Em 2015, a ANA - Aeroportos de Portugal assumiu a responsabilidade pelo pagamento nas chegadas à Portela, o que lhe custou 3,8 milhões de euros.