A Subcomissão de Ética, no Parlamento, está a avaliar, à porta fechada, a contratação da ex-ministra das Finanças pela Arrow Global.
Foi a própria Maria Luís Albuquerque que pediu à subcomissão de ética para avaliar se existe alguma incompatibilidade entre a sua contratação e os atuais e antigos cargos políticos.
Maria Luís Albuquerque esclareceu na semana passada que as funções que vai desempenhar na Arrow Global são “de natureza estritamente não executiva, e centradas numa avaliação dos quadros macroeconómico e regulatório europeus para enquadramento das decisões estratégicas que a empresa venha a tomar no futuro”.
Ressalvou, ainda, que não terá “qualquer ligação a outras empresas do grupo, que são, de resto, entidades juridicamente independentes da Arrow Global plc”, empresa cotada no mercado britânico e sujeita ao controlo e escrutínio das entidades reguladoras daquele país.
Oficialmente, Maria Luís Albuquerque iniciou funções como diretora não executiva esta semana, integrando o comité de risco e auditoria. Vai ganhar 5.000 euros brutos por mês.
A contratação causou polémica, da esquerda à direita, com a ex-ministra a ser alvo de acusações de falta de ética e de bom senso, quando a empresa em causa está ligada, por exemplo, ao Banif.