Coivd-19: Bruxelas liberta 37 mil milhões de euros para ajudar estados-membros - TVI

Coivd-19: Bruxelas liberta 37 mil milhões de euros para ajudar estados-membros

  • AG
  • 13 mar 2020, 13:35
Comissão Europeia

Portugal pode arrecadar 1,8 mil ME da UE para setores afetados

A presidente da Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira uma verba de 37 mil milhões de euros para apoiar o setor da saúde e as pequenas e médias empresas afetadas pelo novo coronavírus, que está a causar um “tremendo choque” económico.

A Comissão adotou uma proposta para dar liquidez à nossa economia. Vamos disponibilizar uma resposta de 37 mil milhões de euros para apoiar o setor da saúde, o mercado de trabalho e as pequenas e médias empresas [PME] de todos os setores afetados”, afirmou Ursula von der Leyen numa conferência de imprensa, em Bruxelas, para apresentação de medidas económicas da União Europeia (UE) ao surto de Covid-19.

Portugal pode vir a arrecadar 1,8 mil milhões de euros em fundos europeus para apoiar setores afetados pela Covid-19, na saúde ou nas pequenas e médias empresas, no âmbito dos 37 mil milhões anunciados pela Comissão Europeia.

Destacando o “tremendo choque” que o novo coronavírus está a causar na economia europeia e mundial, a líder do executivo comunitário frisou ser necessário “adotar desde já ações decisivas e arrojadas a diferentes níveis”.

Por isso, e ainda no que toca às PME, Bruxelas vai “disponibilizar instrumentos de liquidez, complementando as medidas adotadas a nível nacional”, referiu.

Como exemplo, Ursula von der Leyen apontou que a UE vai facultar, através do Fundo Europeu de Investimento, um total de “8 mil milhões de euros em empréstimos para 100 mil pequenas e médias empresas e pequenos negócios”.

O choque é temporário, mas temos de trabalhar em conjunto para assegurar que é mais curto e o mais limitado possível e que não cria efeitos permanentes para a nossa economia”, apelou a responsável.

Na ocasião, Ursula von der Leyen deu ainda garantias a todos os Estados-membros de que a Comissão vai dar “o máximo de flexibilidade possível, no que toca a ajudas estatais […] e no que toca ao Pacto de Estabilidade e Crescimento”, sendo assim mais compreensiva na análise do cumprimento das regras orçamentais por cada país e nas solicitações feitas para auxílio estatal.

Os estados-membros devem sentir-se confortáveis em adotar todas as medidas necessárias para apoiar os setores mais afetados, como o turismo, os transportes ou o retalho, e devem sentir-se confortáveis para apoiar os cidadãos, por exemplo com esquemas de trabalho de curta duração”, adiantou.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

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