CaixaBank reforça posição no BPI para 44,54% - TVI

CaixaBank reforça posição no BPI para 44,54%

CaixaBank e BPI (Reuters)

Banco catalão anunciou recentemente uma OPA ao Banco Português de Investimento e em oito dias comprou ações no valor de 7,13 milhões de euros

Anunciada que está a OPA ao BPI, mas ainda pendente de formalização, o CaixaBank tem estado ativo na compra de ações do banco na última semana e reforçou a posição de 44,1% para 44,54%. Na prática, investiu 7,13 milhões de euros em títulos do BPI em bolsa. 

"O CaixaBank adquiriu assim, entre 27 de Abril e 4 de Maio de 2016, 6.483.885 acções do BPI representativas de 0,445% do capital social e 0,447% direitos de voto do BPI, pelo valor total de €7.134.185,70", lê-se num comunicado do BPI enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. 

Contas feitas, o CaixaBank passou a deter directamente 648.946.421 acções do BPI representativas de 44,54% do capital social e 44,71% direitos de voto do BPI, "considerando, de acordo com a comunicação ao mercado da Sociedade Visada de 30 de Março de 2016, disponível no sistema de difusão de informação da CMVM, a existência de 5.575.210 acções próprias, correspondentes a 0,38% do capital social do BPI", acrescenta. 

A OPA dos espanhóis foi anunciada depois do rompimento das negociações entre o principal acionista e segunda maior acionista, a Santoro liderada pela empresária angolana Isabel dos Santos. O banco catalão oferece 1,113 euros por cada ação do BPI (atualmente valem 1,120 euros) e, quando anunciou a Oferta Pública de Aquisição, pretendia comprar os 55,9% que não detinha no banco português. Com as compras em bolsa da última semana, reforçou de 44,1% para 44,54%. 

Depois dos avanços e recuos nas negociações entre espanhóis e angolanos e do imbróglio que se criou, as conversações foram retomadas, mas apenas sobre o risco de Angola - o BCE exige que o BPI reduza a exposição ao país -, fez questão de esclarecer o CaixaBank.

A empresária angolana acusou o Governo de António Costa e mesmo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de terem favorecido os espanhóis, com a aprovação do decreto que permite a desblindagem dos direitos de voto, um decreto que abriu a porta à OPA lançada a seguir.

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