As lojas com uma área até 200 metros quadrados podem reabrir na segunda-feira. Cabeleireiros, livrarias e stands de automóveis também têm autorização para reabrir ao público.
A decisão foi anunciada esta quarta-feira pelo Governo aos parceiros sociais, durante a reunião da concertação social.
Depois desta primeira fase, seguem-se as lojas até 400 metros, que podem reabrir no dia 18 de maio. A partir de junho reabrem os restantes estabelecimentos comerciais.
Ainda assim, este plano gradual projetado pelo Governo só será posto em prática se a evolução da pandemia o permitir até segunda-feira.
VEJA TAMBÉM:
- Covid-19: "A reabertura da atividade de cabeleireiro está na incerteza"
- DGS: "Vamos ter de monitorizar muito bem o efeito do desconfinamento"
- Covid-19: com o fim do estado de emergência, o confinamento só pode ser imposto aos infetados
O presidente do PSD afirmou esta quarta-feira que aquilo que o Governo tem desenhado para a primeira fase do período pós-estado de emergência é que abram “lojas de rua de tamanho mais reduzido”, estando os restaurantes para já excluídos.
No final de cerca de duas horas de reunião com primeiro-ministro, António Costa - que está a receber todos os partidos com assento parlamentar para uma ronda de audições sobre o calendário e plano de retoma devido à pandemia de Covid-19 - Rui Rio foi questionado sobre qual o plano do executivo.
A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) anunciou, também esta quarta-feira, a reabertura de livrarias de rua, sublinhando que são ainda desconhecidas as condições.
A partir de segunda-feira, todas as livrarias de rua podem abrir, e posso dizer que estão desejosas de o fazer. Nos centros comerciais não está de todo esclarecido, porque não sei quando abrem os centros comerciais e como se enquadra” a abertura de livrarias dentro desses espaços, afirmou João Alvim.
A única coisa que ainda não está esclarecida relativamente à reabertura das livrarias de rua é se vai haver condicionantes, como o uso de máscara, afirmou o responsável, defendendo que este “deveria ser obrigatório”.
O primeiro período do estado de emergência provocado pela pandemia de Covid-19 entrou em vigor a 22 de março. Lojas, centros comerciais e restaurantes foram encerrados ao público ou o seu funcionamento foi condicionado.
No primeiro período do estado de emergência, que vigorou até 02 de abril, registaram-se 108 detenções e o encerramento de 1.708 estabelecimentos comerciais.
O estado de emergência foi renovado por mais duas semanas. O segundo período vigorou entre 3 e 17 de abril. No segundo período de aplicação do estado de emergência registaram-se 184 detenções por crime de desobediência e o encerramento de 432 estabelecimentos.
O terceiro período do estado de emergência entrou em vigor a 18 abril e vigora até ao dia 2 de maio.
O número de mortos por Covid-19 em Portugal subiu, esta quarta-feira para 973, anunciou o o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa desta quarta-feira, de balanço diário da doença.
Morreram mais 25 doentes nas últimas 24 horas, o mesmo número de vítimas mortais registados na terça-feira.
Há, também, 183 novos casos de infeção, elevando o total para 24.505.