Salário mínimo: há "vontade" para acordo, mas está "dificílimo" - TVI

Salário mínimo: há "vontade" para acordo, mas está "dificílimo"

Confederação do Turismo Português não tem grandes expectativas quanto à segunda reunião desta semana sobre a atualização do salário mínimo natural. Será preciso esperar para ver se vem aí uma 'prenda de natal' antecipada de 2017 para quem recebe esta remuneração

Há "vontade" dos parceiros sociais para chegar a acordo no que toca ao aumento do salário mínimo, mas o processo está a ser muito difícil. O presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros, usa mesmo o superlativo absoluto sintético para caracterizar a situação, no dia em que terá lugar a segunda reunião desta semana sobre o assunto, em sede de Concertação Social.

Eu até à última da hora acredito sempre que é possível chegar a um acordo. Se me perguntar se está fácil, eu digo: ‘Está dificílimo’”.

Francisco Calheiros disse à Lusa que, pelo lado das confederações patronais, “há uma grande vontade, mas as linhas vermelhas que estão em cima da mesa não estão fáceis e tem que haver flexibilidade das outras partes para haver acordo”. O responsável assinalou também “algum esforço por parte do Governo”.

O líder da confederação elencou ainda as necessidades de alteração da legislação laboral para responder à sazonalidade que caracteriza o setor do Turismo.

Esta atividade é um “grande” contribuinte “para o equilíbrio das contas, para o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] e já conseguiu constituir 50 mil postos de trabalho, e tudo leva a crer que vai criar mais, é uma atividade em que a sazonalidade tem que ser atendida”, argumentou.

A partir das 15:00 decorrerá a segunda reunião desta semana entre parceiros sociais e o Governo, depois de, na segunda-feira passada, o encontro em sede de Concertação Social ter terminado de forma inconclusiva, e no qual o executivo formalizou a sua proposta para a atualização do salário mínimo nacional: 557 euros a partir de janeiro, a par de uma redução de 1 ponto percentual na Taxa Social Única (TSU) para as empresas.

Parece difícil alcançar um consenso, com os patrões a reivindicarem uma subida para os 540 euros e com os sindicatos a pedirem valores entre os 565 euros (UGT) e os 600 euros (CGTP), o executivo apresentou aos parceiros uma proposta que servirá de base para um acordo de médio prazo.

Atualmente, o salário mínimo nacional é de 530 euros. O compromisso assumido pelo Governo é que chegue aos 557 euros, em 2017, e aos 580 euros, em 2018, antes de chegar aos 600 euros, em 2019.

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