O Governo quer assinar a adenda ao acordo de Concertação Social esta sexta-feira, com a redução do Pagamento Especial por Conta (PEC) em vez da descida da TSU, que foi chumbada no Parlamento.
Na segunda-feira, o Executivo enviou uma convocatória às confederações patronais e às estruturas sindicais com o horário e a agenda da reunião que vai, naturalmente, discutir a medida antes da formalização: 15:30, dia 3 de fevereiro, esta sexta-feira. Objetivo: a “assinatura de adenda ao compromisso tripartido para um acordo de Concertação de médio prazo”.
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O acordo de concertação social de médio prazo poderá, finalmente, ter uma aplicação efetiva, com a descida do PEC como contrapartida para o aumento do salário mínimo, este mês de janeiro, de 530 para 557 euros.
O primeiro-ministro logo deu a garantia de apoio parlamentar à esquerda - BE, PCP e PEV - para a alternativa encontrada, esperando que pelo menos o CDS-PP também a apoie.
Ultrapassada a polémica da TSU, o verniz estalou entre as centrais sindicais UGT e CGTP. Carlos Silva, da primeira organização, só subscreve a descida do Pagamento Especial por Conta, caso a CGTP não assine o acordo de Concertação Social. Do lado da Intersindical, Arménio Carlos responde dizendo que a outra central sindical está a revisitar o fascismo.
A UGT também não gostou que o primeiro-ministro chamasse em primeiro lugar a CGTP para dar conta da alternativa à TSU. As centrais sindicais estão de costas voltadas.
A Confederação Empresarial de Portugal (CIP), o patrão dos patrões. considera a redução do PEC uma alternativa aceitável, uma vez que corresponde a um valor semelhante à descida da TSU.