Governo concessiona 30 edifícios históricos - TVI

Governo concessiona 30 edifícios históricos

Prédios Devolutos em Lisboa

Projeto conjunto dos Ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças abre o património ao investimento privado, esperando que alcance os 150 milhões de euros. Património continuará a pertencer ao Estado

Trinta edifícios históricos vão ser concessionados a investidores privados. O compromisso é que sejam reabilitados e fiquem acessíveis ao público, no âmbito do programa Revive, que deve atingir os 150 milhões de euros.

Projeto conjunto dos Ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, que será apresentado esta quarta-feira, em Coimbra, o Revive prevê a criação de uma bolsa com os 30 edifícios que serão concessionados por concurso público, a investidores nacionais e estrangeiros.

Numa primeira fase, que deverá decorrer até ao final do ano, irão ser concessionados os seguintes edifícios:

Convento de São Paulo (Elvas) 
Castelo de Vila Nova de Cerveira
Fortaleza de Peniche
Mosteiro de São Salvador de Travanca (Amarante)
Mosteiro de Arouca
Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (Coimbra)
Pavilhão do Parque (Caldas da Rainha)
Paço Real de Caxias (Oeiras)
Forte do Guincho (Cascais)
Castelo de Portalegre
Forte de S. Roque da Meia Praia (Lagos)
Quinta do Paço de Valverde (Évora)

Muitos destes edifícios estão classificados em estado de degradação pela Direção-Geral do Património e Cultura (DGPC) e a necessitar de intervenção urgente.

Fonte do Ministério da Economia, citada pela Lusa,  esclarece que durante o processo de concessão cada edifício terá um calendário próprio e um caderno de encargos específico, adaptado às características do imóvel, à sua localização e às funções a que se destina.

O património continuará a pertencer ao Estado e a concessão a privados fica sujeita a compromisso de reabilitação, preservação e conservação do património por parte dos investidores.

Com o programa Revive, o Governo espera "dar vida ao património que está subaproveitado ou ao abandono", ao mesmo tempo que "retira despesa ao Estado", uma vez que o investimento será feito por privados, criando postos de trabalho.

O programa vai ainda contribuir para a desconcentração da oferta e da procura turística, uma vez que os trinta edifícios a concessionar estão espalhados por diversos pontos do país.

O Turismo de Portugal já tem linhas de apoio a este tipo de projetos, como a linha de Apoio à Qualificação da Oferta, lançada em 2016, que privilegia a reabilitação urbana, iniciativa que tem despertado interesse em investidores estrangeiros, em particular durante o ‘roadshow’ da secretária de Estado do Turismo para apresentar a ET2027 (Estratégia de Turismo para a próxima década) em feiras de turismo internacionais.

A primeira lista de edifícios será anunciada durante uma sessão no Convento São Francisco, em Coimbra. Nela participarão o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, o secretário de Estado Adjunto do Tesouro e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, o secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, e o presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado.

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