"O turismo está nos cuidados intensivos e não tem ventiladores" - TVI

"O turismo está nos cuidados intensivos e não tem ventiladores"

  • Sofia Santana
  • 8 abr 2020, 22:14

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, este, esta quarta-feira, no Jornal das 8 da TVI. O responsável disse que gostava que houvesse alguma atividade turística já este verão

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, afirmou, esta quarta-feira, no Jornal das 8 da TVI, que o setor do turismo em Portugal está nos cuidados intensivos, sem ventilador.

O turismo está nos cuidados intensivos e não tem ventiladores."

O responsável sublinhou que, no mês de março, o setor sofreu quebras que rondam os 50% e que os meses de  abril e maio serão meses de venda zero.

Ainda nao tinhamos um infetado em Portugal e ja tinhamos milhares de cancelamentos. O mês de março foi com quebras de 50% e os meses de abril e maio para a quase totalidade das empresas de turismo irão ser meses de venda zero porque o turismo implica deslocações e porque a corrente dominante é o 'stay at home' e isso implica nao haver deslocações."

Questionado sobre se houve algum "deslumbramento" no setor nos últimos anos, o responsável disse que os empresários "foram fazendo investimentos à medida que eram necessários" e que se outros setores em Portugal tivessem crescido como o turismo hoje "seríamos conhecidos como os tigres da Europa".

Quanto ao futuro a curto prazo, Francisco Calheiros gostava que a atividade turística fosse retomada já este verão. Mas admite que só no verão de 2021 o setor estará em situações semelhantes às que já se verificaram.

Gostaria que não perdessemos todo o nosso verão, que já tivessemos alguma atividade no verão. Não tenho a menor dúvida que só a partir do verão de 2021 é que iremos estar em situações semelhantes às que já tivemos."

Francisco Calheiros está, no entanto, otimista: a crise vai passar e é importante que as empresas do setor se mantenham abertas, embora algumas venham a "ficar pelo caminho".

Somos um setor muito resistente às crises e temos aprendido muito com elas. Não há nenhuma crise que dure para sempre. Não sei se esta crise vai demorar um mês ou um ano. (...) Mas temos de manter as empresas abertas porque esta crise vai passar. Em todas as crises infelizmente alguém fica pelo caminho e nesta nao vai ser diferente. Alguém vai ficar pelo caminho."

 

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