Consumidores e algumas empresas mais confiantes - TVI

Consumidores e algumas empresas mais confiantes

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  • Publicada por ALM
  • 28 ago 2020, 11:17
(EPA/LUSA)

Resultados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores hoje divulgados

O indicador de confiança dos consumidores aumentou em agosto, retomando a recuperação iniciada em maio, mas interrompida em julho, e o indicador de clima económico subiu entre maio e agosto, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em agosto, o indicador de confiança dos consumidores aumentou, retomando o perfil de recuperação iniciado em maio, após a maior redução face ao mês anterior registada em abril. O indicador de clima económico aumentou entre maio e agosto, após ter atingido em abril o valor mínimo da série”, refere o INE.

Os resultados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores hoje divulgados pelo instituto estatístico revelam que, “em agosto, os indicadores de confiança recuperaram em todos os setores, indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços”.

O aumento do indicador de confiança dos consumidores em agosto resultou dos contributos positivos das perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, bem como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar.

Em sentido contrário, as expectativas relativas à realização de compras importantes registaram um contributo negativo.

“O indicador de confiança da indústria transformadora aumentou entre junho e agosto, de forma ligeira no último mês, após ter atingido em maio o mínimo histórico da série na sequência da queda abrupta registada em abril”, refere o INE, acrescentando que “o aumento do indicador refletiu o contributo positivo do saldo das apreciações relativas à evolução da procura global, enquanto as perspetivas de produção da empresa e as opiniões sobre os ‘stocks’ de produtos acabados contribuíram negativamente”.

No último mês, o indicador recuperou nos agrupamentos de ‘bens de consumo’ e de ‘bens intermédios’, tendo diminuído no agrupamento de ‘bens de investimento’.

Quanto ao indicador de confiança da construção e obras públicas, recuperou entre maio e agosto, depois de registar em abril a diminuição mais acentuada da série, tendo atingido o mínimo desde novembro de 2015.

Segundo adianta o INE, a recuperação deste indicador nos últimos três meses “resultou do contributo positivo de ambas as componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego”, tendo-se verificado em todas as divisões (‘promoção imobiliária e construção de edifícios’, ‘engenharia civil’ e ‘atividades especializadas de construção’), de forma mais acentuada no último caso.

Já no setor do comércio, o indicador de confiança “aumentou entre maio e agosto, após ter diminuído de forma expressiva em abril, quando atingiu o mínimo da série”, refletindo o “expressivo contributo positivo das opiniões sobre o volume de vendas e, em menor grau, das apreciações relativas ao volume de ‘stocks’”.

Por sua vez, o saldo das perspetivas de atividade da empresa nos próximos três meses diminuiu, após ter recuperado totalmente entre maio e junho do mínimo histórico da série observado em abril.

O indicador de confiança aumentou nos dois subsetores, ‘comércio por grosso’ e ‘comércio a retalho’.

No que se refere ao indicador de confiança dos serviços, “aumentou entre junho e agosto, após ter diminuído entre fevereiro e maio, tendo registado em abril uma queda abrupta e atingido em maio o mínimo histórico da série”.

De acordo com o INE, “o comportamento do indicador no último mês resultou dos contributos positivos das opiniões sobre a atividade da empresa e das apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas, observando-se um agravamento das perspetivas sobre a evolução da procura, após terem recuperado quase a totalidade das reduções acumuladas em março e abril”.

“Nos últimos três meses, o indicador de confiança aumentou em todas as secções, destacando-se as secções de ‘alojamento, restauração e similares’ e de ‘atividades administrativas e dos serviços de apoio’, que registaram os maiores aumentos em agosto”, nota o INE.

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