Isabel dos Santos não se conforma com o arresto preventivo de contas bancárias pessoais e das participações sociais que detém em nove empresas em Angola, decretado por um tribunal de Luanda, e admite que o arresto pode obrigar ao fecho de empresas.
Num vídeo em direto no Instagram, a empresária angolana reiterou que não foi notificada para se poder defender.
Recorde-se que, em comunicado enviado às redações, a empresária angolana afirmara já “que nunca foi notificada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ou citada pelo Tribunal Provincial de Luanda”, desconhecendo o teor da acusação e que “não teve oportunidade de apresentar defesa”.
Este despacho sentença é resultado de um julgamento de uma providência cautelar, que ocorreu sem conhecimento das partes, de forma aparentemente arbitrária e politicamente motivado. Não compreendendo nem se podendo conformar com este enquadramento num Estado de Direito democrático como é Angola, Isabel dos Santos pretende opor-se a cada uma destas alegações em sede e tempo próprio nos termos estabelecidos na lei angolana”, lê-se no comunicado de Isabel dos Santos, filha do ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
Nas eleições gerais de 2017, João Lourenço, antigo ministro da Defesa Nacional de José Eduardo dos Santos, foi eleito Presidente da República.
O Tribunal Provincial de Luanda decretou o arresto preventivo de contas bancárias pessoais da empresária angolana Isabel dos Santos, do marido, Sindika Dokolo, e do português Mário da Silva, além de nove empresas nas quais detêm participações sociais.
De acordo com a PGR, Isabel dos Santos, filha do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos, e Mário Silva celebraram negócios com o Estado angolano através das empresas Sodiam, empresa pública de venda de diamantes, e com a Sonangol, petrolífera estatal.