BES/GES: a audição de José Castella em 5 pontos - TVI

BES/GES: a audição de José Castella em 5 pontos

Controller financeiro do Grupo Espírito Santo foi ouvido a 7 de janeiro, à porta fechada. Invocou o segredo de justiça como argumento para adiantar pouco do que sabe

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José Castella entrou para o Grupo Espírito Santo em 1986. É apontado por muitos, incluindo José Manuel Espírito Santo Silva, um dos nomes fortes da família com presença no Conselho Superior do GES, como um dos responsáveis pelas contas do grupo, a par do contabilista Francisco Machado da Cruz e Ricardo Salgado.  

As «meias respostas» do controller financeiro não satisfizeram os deputados da comissão de inquérito parlamentar, numa audição inédita, uma vez que foi o primeiro a utilizar o direito de ser ouvido à porta fechada.

É conhecido como o homem do gravador das reuniões do conselho superior do GES, a cujas gravações a TVI teve acesso. E confirmou aos deputados, segundo apurámos, que toda a gente sabia que as reuniões do conselho superior do GES estavam a ser gravadas.

O resumo possível em 5 pontos:

1 - Tentou não falar sobre assuntos relevantes, sobretudo aqueles que estão em segredo de justiça ou alvo de processos crime. «A grande maioria das perguntas que envolviam holdings e empresas ligadas ao GES, não foram respondidas». ESI, ESCOM, Angola e a Eurofin foram assuntos que tentou contornar
 
2 - «Foi esclarecedor, embora de uma forma incompleta», segundo o presidente da comissão de inquérito, Fernando Negrão. Os deputados perceberam, no final, que  poderia ter sido realizada à porta aberta. As «meias respostas» fizeram com que seja necessário ouvi-lo outra vez

3 - Problema que se põe é de duas jurisdições distintas, a nacional e a do Luxemburgo. Por isso, a comissão vai contactar as autoridades luxemburguesas para saber se há algum entrave de, à porta fechada, serem prestadas declarações sobre matérias que estão a ser investigadas lá

4 - Sobre a gestão centralizada no grupo Espírito Santo em Ricardo Salgado, «conseguiu ter-se indícios dessas relações e desses factos». Mas, mais uma vez, «são meias respostas». «Precisamos da outra metade», explicou Fernando Negrão

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