Covid-19: "Os custos económicos e sociais da crise são absolutamente brutais" - TVI

Covid-19: "Os custos económicos e sociais da crise são absolutamente brutais"

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  • RL - atualizada às 17:22
  • 3 jun 2020, 16:32

Primeiro-ministro referiu que todos os indicadores apontam para uma queda "recorde" do Produto Interno Bruto (PIB) e uma subida "exponencial" do desemprego.

O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira que os custos económicos e sociais provocados pela Covid-19 "são absolutamente brutais", referindo que todos os indicadores apontam para uma queda "recorde" do Produto Interno Bruto (PIB) e uma subida "exponencial" do desemprego.

Esta previsão sobre a evolução da economia portuguesa foi assumida por António Costa no debate quinzenal, no parlamento, após uma intervenção do vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Carlos Pereira.

De acordo com o primeiro-ministro, apesar de ter sido positiva no plano sanitário a capacidade de resposta do país à pandemia de Covid-19, o primeiro-ministro salientou que "os custos económicos e sociais da crise são absolutamente brutais".

Todas as estimativas apontam para termos uma queda recorde do nosso PIB e uma subida exponencial da nossa situação de desemprego e, simultaneamente, de perda de rendimentos", declarou.

Para procurar amortizar este impacto, António Costa referiu que o seu Governo, logo na "fase de emergência, criou um conjunto de medidas tendo em vista proteger as empresas, o emprego e os rendimentos".

"Chegou agora a fase de ser necessário estabilizar este quadro até ao final do ano", apontou, numa alusão ao Programa de Estabilização Económico e Social que o Conselho de Ministros deverá aprovar já esta quinta-feira.

 Costa garante que OE vai compensar custos da Segurança Social com pandemia

O primeiro-ministro garantiu  que o Orçamento do Estado vai compensar a Segurança Social não só pelo aumento da despesa não contributiva, mas também pela perda de receita por causa das isenções de TSU devido à pandemia.

No debate quinzenal de hoje, a coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu que os apoios às empresas para manter salário devem ter dois critérios que passam por “pagar os salários a 100% e salvaguardar a Segurança Social”, deixando duas propostas ao primeiro-ministro.

A primeira proposta dos bloquistas passa por completar a proteção da sustentabilidade da Segurança Social porque “esta crise não pode desestabilizar a proteção futura de quem hoje trabalha”.

“Relativamente às duas perguntas que colocou, estou já em condições de responder a uma. O Orçamento do Estado assegurará à Segurança Social não só o acréscimo de despesa de natureza não contributiva, mas assegurará também a perda de receita contributiva por via das isenções da TSU que têm existido e que venham a prosseguir”, garantiu António Costa.

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