Covid-19: pandemia destruiu 13% do emprego doméstico - TVI

Covid-19: pandemia destruiu 13% do emprego doméstico

  • Agência Lusa
  • HCL
  • 15 jun 2021, 18:56
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Relatório da Organização Internacional do Trabalho afirma que, em Portugal, existiam 109 mil trabalhadores domésticos, o que representava 2,2% do emprego

A pandemia da covid-19 destruiu o emprego a 13% dos trabalhadores domésticos em Portugal e reduziu as horas de trabalho a 47% deles, revela um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado esta terça-feira.

De acordo com o relatório “Fazer do Trabalho Doméstico um trabalho decente”, publicado hoje na página da internet da OIT, entre o último trimestre de 2019 e o segundo de 2020 o número de trabalhadores domésticos caiu 59,9% na Sérvia, 15% no Reino Unido e 13% em Portugal e na Itália.

No mesmo período, muitos dos trabalhadores que mantiveram o emprego viram o número de horas de trabalho reduzido, como se verificou no Reino unido e Portugal (47%) e na Itália (21%), com impacto negativo no seu rendimento.

Em 2018, existiam em Portugal 109 mil trabalhadores domésticos, o que representava 2,2% do emprego.

O relatório da OIT foi emitido para assinalar o décimo aniversário da Convenção do Trabalho Digno para o Trabalho Doméstico e considerou que “a pandemia da covid-19 expôs as vulnerabilidades persistentes do trabalho doméstico no mercado de trabalho”.

Dez anos após a adoção de uma Convenção histórica da Organização Internacional do Trabalho que confirmou os seus direitos laborais, as trabalhadoras e os trabalhadores domésticos ainda lutam para serem reconhecidos como quaisquer outros trabalhadores ou trabalhadoras e como profissionais que prestam serviços essenciais”, diz um documento emitido pelo escritório da OIT em Lisboa, que salienta alguns aspetos do novo relatório.

Segundo o mesmo texto, as condições de trabalho para muitas pessoas do setor não melhoraram numa década e foram agravadas pela pandemia da covid-19.

No pico da crise, a perda de empregos entre as trabalhadoras e os trabalhadores domésticos variou entre os 5 e os 20% na maioria dos países europeus, bem como no Canadá e na África do Sul”, refere o documento.

Citando o relatório, o escritório da OIT Lisboa acrescenta que nas Américas a situação era pior, com perdas que ascendiam a 25 a 50%.

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