Governo diz que CTT tiveram "capacidade de resposta razoável" durante a crise - TVI

Governo diz que CTT tiveram "capacidade de resposta razoável" durante a crise

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  • Publicado por Henrique Magalhães Claudino
  • 29 abr 2020, 12:48
Covid-19: CTT Madeira entrega máscaras de proteção

Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações afirma que, em geral, para todo o país, não há registos de grandes perturbações no correio

5O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, afirmou esta quarta-feira que os CTT tiveram uma "capacidade de resposta razoável" durante o período de crise provocado pela pandemia de Covid-19.

Os CTT, durante a crise, tiveram uma capacidade de resposta razoável, obviamente anormal, e sobretudo afetada pela inexistência de transportes aéreos para os Açores e para a Madeira", afirmou o governante, que falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

 

Em geral, para todo o país, não há registos de grandes perturbações no correio", excetuando o internacional, que tem sido afetado pela falta de ligações aéreas, prosseguiu.

Por sua vez, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, tinha afirmado que os CTT "enfrentam dificuldades" como todas as empresas neste período de pandemia.

Sabemos que há algumas dificuldades, mas não temos notícia de uma degradação excessiva do serviço" face a uma situação "que é difícil e desafiante", afirmou Pedro Nuno Santos, na comissão parlamentar.

 

Administração dos CTT terá decidido não avançar para ‘lay-off 

O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações disse que as informações que tem são de que a administração dos CTT terá decidido recentemente não avançar para ‘lay-off’, o que considerou uma “decisão corajosa”.

A informação que tenho é que a administração dos CTT terá decidido muito recentemente que não ia para ‘lay-off’”, adiantou Alberto Souto de Miranda, que falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito de uma audição regimental.

O secretário de Estado congratulou-se com a decisão da administração da empresa, classificando-a de “corajosa”, numa altura de quebra de receitas, devido aos efeitos da pandemia de Covid-19, nomeadamente a diminuição de 40% nas receitas do tráfego internacional de encomendas.

Quanto aos despedimentos, Souto de Miranda defendeu que os CTT “são talvez a melhor empresa portuguesa”, com 12.300 trabalhadores, nenhum despedimento durante a crise e “apenas a não renovação de 50 trabalhadores” com contratos a termo.

O secretário de Estado das Comunicações aproveitou, ainda, a ocasião para deixar uma palavra de reconhecimento, não apenas à administração dos CTT, mas também aos próprios carteiros, que fizeram o esforço de ir entregar os vales das reformas a casa de 40.000 beneficiários, numa primeira fase.

Foi uma iniciativa com risco para os próprios trabalhadores dos CTT e queria deixar uma palavra de reconhecimento aos trabalhadores que ajudaram a solucionar esse problema”, sublinhou o governante.

Alberto Souto de Miranda admitiu que tudo se encaminha para que haja condições para negociar a renovação do contrato de concessão com esta administração da empresa de correios.

Temos de dar o benefício da dúvida a esta administração, que, até agora, tem demonstrado ter alguma responsabilidade social, num contexto de quebra”, considerou.

 

 

5G: secretário de Estado das Comunicações diz que há condições para retomar processo

 

O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, considerou que "haverá condições" para retomar a migração da televisão digital terrestre (TDT), tal como para avançar com o processo da quinta geração móvel (5G).

Creio que agora haverá condições de movimento social e técnicas para, com prudência, prosseguir essa migração por forma a que o processo se conclua", afirmou, referindo-se à migração da frequência 700 megahertz (MHz) da TDT, essencial para o arranque do 5G.

O processo de migração foi interrompido devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus

Também haverá condições para retomar o processo 5G, sendo certo que os operadores estão agora menos entusiasmados porque estão com as sua capacidades financeiras mais limitadas", considerou.

 

Mas uma coisa é a definição dos direitos [de atribuição das frequências 5G], outra coisa é o pagamento respetivo", rematou.

 

Assistimos neste período a um fenómeno de digitalização acelerada", com a maior parte das pessoas a entrar em regime de teletrabalho, ensino à distância", afirmou o governante.

 

As redes foram resilientes, não há notícias de situações de dificuldade de rede e de conectividade, não obstante o significativo aumento do tráfego", que em alguns segmentos ultrapassou os 60%, acrescentou.

 

Estamos todos também a aprender em conjunto", considerou, apontando que no caso do teletrabalho "o respeito pelos horários de trabalho não existe", dando o exemplo de que "há trabalhadores que estão em 'call' permanente".

Referindo-se ao "direito de ser desligado", Alberto Souto de Miranda disse que é preciso refletir sobre esta mudança.

"Vamos ter que pensar nessas novas regras de trabalho à distância, o teletrabalho veio para ficar, a mobilidade pode mudar também", considerou.

 

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