Adesão à greve nos CTT: sindicatos 78% - empresa 18,4% - TVI

Adesão à greve nos CTT: sindicatos 78% - empresa 18,4%

  • ALM
  • 12 jun 2020, 15:27
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Quer mais trabalhadores para prestarem o serviço postal universal com qualidade e atempadamente, salários dignos, melhores condições de serviço e que o subsídio de refeição volte a ser pago em dinheiro

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) acaba de fazer nova atualização aos dados da greve nos CTT desta sexta-feira. E, mais uma vez, não batem certo com os revelados pela empresa.

Diz o SNTCT que "os dados recolhido até ao meio dia, apontam para uma adesão à greve de 78%", exatamente à mesma hora que a empresa falou de 18,4%. 

Na primeira avaliação da paragem, ao início da manhã, o sindicato assegurou que esta madrugada a adesão à greve dos trabalhadores foi de 90 a 95% em vários locais. Só no caso Centro de Produção e Logística (CPLS), a antiga central de correios de Lisboa em Cabo Ruivo, os dados que apontavam "para uma adesão (95%) ainda maior que a verificada no passado dia 29 de maio”, dizia o comunicado desta manhã.

O sindicato quer mais trabalhadores para prestarem o serviço postal universal com qualidade e atempadamente, salários dignos, melhores condições de serviço e que o subsídio de refeição volte a ser pago em dinheiro.

E garante que "estão já marcadas várias lutas locais para os meses de junho e julho, mas se a gestão dos CTT continuar autista e prepotente, os trabalhadores discutirão a realização de novas formas de luta."

Já no final da manhã, a administração da empresa emitiu um comunicado, onde informa que apuraram uma "a taxa efetiva de adesão de apenas 18,4% até às 12h horas desta sexta-feira, abaixo da adesão registada na greve de 29 de maio, sem impacto expressivo na atividade da empresa e sem impacto nos clientes."

Sobre as reivindicações dos trabalhadores, dizia o mesmo comunicado que administração não compreende "as razões desta paralisação."

"O fundamento para esta greve – a decisão de pagamento do subsídio de refeição através de cartão-refeição aos colaboradores que ainda não tinham optado por essa via –, não tem qualquer razão de ser e procura reagir à muito significativa quebra de proveitos decorrente do atual contexto que vivemos e defesa da sustentabilidade da empresa, sem nunca prejudicar os rendimentos dos seus colaboradores", concluiu.

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