O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) acaba de fazer nova atualização aos dados da greve nos CTT desta sexta-feira. E, mais uma vez, não batem certo com os revelados pela empresa.
Diz o SNTCT que "os dados recolhido até ao meio dia, apontam para uma adesão à greve de 78%", exatamente à mesma hora que a empresa falou de 18,4%.
Na primeira avaliação da paragem, ao início da manhã, o sindicato assegurou que esta madrugada a adesão à greve dos trabalhadores foi de 90 a 95% em vários locais. Só no caso Centro de Produção e Logística (CPLS), a antiga central de correios de Lisboa em Cabo Ruivo, os dados que apontavam "para uma adesão (95%) ainda maior que a verificada no passado dia 29 de maio”, dizia o comunicado desta manhã.
O sindicato quer mais trabalhadores para prestarem o serviço postal universal com qualidade e atempadamente, salários dignos, melhores condições de serviço e que o subsídio de refeição volte a ser pago em dinheiro.
E garante que "estão já marcadas várias lutas locais para os meses de junho e julho, mas se a gestão dos CTT continuar autista e prepotente, os trabalhadores discutirão a realização de novas formas de luta."
Já no final da manhã, a administração da empresa emitiu um comunicado, onde informa que apuraram uma "a taxa efetiva de adesão de apenas 18,4% até às 12h horas desta sexta-feira, abaixo da adesão registada na greve de 29 de maio, sem impacto expressivo na atividade da empresa e sem impacto nos clientes."
Sobre as reivindicações dos trabalhadores, dizia o mesmo comunicado que administração não compreende "as razões desta paralisação."
"O fundamento para esta greve – a decisão de pagamento do subsídio de refeição através de cartão-refeição aos colaboradores que ainda não tinham optado por essa via –, não tem qualquer razão de ser e procura reagir à muito significativa quebra de proveitos decorrente do atual contexto que vivemos e defesa da sustentabilidade da empresa, sem nunca prejudicar os rendimentos dos seus colaboradores", concluiu.