O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) assegura que esta madrugada a adesão à greve dos trabalhadores dos CTT foi de 90 a 95% em vários locais. A empresa tem uma leitura diferente dos números.
No caso Centro de Produção e Logística (CPLS), a antiga central de correios de Lisboa em Cabo Ruivo, “os dados que apontam para uma adesão (95%) ainda maior que a verificada no passado dia 29 de maio.”
Já no CPLS da Maia, a adesão terá sido superior a 90%. E no CTT Expresso (Marl) poderá ter atimgido 93%.
Com esta forte adesão os trabalhadores do grupo CTT “demonstram a sua indignação, apesar da quase "requisição civil" levada a cabo pela gestão”, refere o comunicado e vai mais longe o sindicato, acusando a administração e a comissão executiva de “querem acumular dinheiro à custa dos trabalhadores e continuarem a prestar um paupérrimo serviço postal.”
O sindicato quer mais trabalhadores para prestarem o serviço postal universal com qualidade e atempadamente, salários dignos, melhores condições de serviço e que o subsídio de refeição volte a ser pago em dinheiro.
Já no final da manhã, a administração da empresa emitiu um comunicado, onde informa que apuraram uma "a taxa efetiva de adesão de apenas 18,4% até às 12h horas desta sexta-feira, abaixo da adesão registada na greve de 29 de maio, sem impacto expressivo na atividade da empresa e sem impacto nos clientes."
E acrescenta que a distribuição postal continua, portanto, a ser prestada durante o dia de hoje, "não tendo esta paralisação tido impacto na atividade e operação, não se sentindo qualquer interrupção do serviço aos clientes. No respeitante às lojas CTT, a greve também não afetou o serviço, uma vez que 100% das lojas CTT, ou seja, as 544 lojas se encontram abertas."
Sobre as reivindicações dos trabalhadores, diz o mesmo comunicado que administração não compreende "as razões desta paralisação."
"O fundamento para esta greve – a decisão de pagamento do subsídio de refeição através de cartão-refeição aos colaboradores que ainda não tinham optado por essa via –, não tem qualquer razão de ser e procura reagir à muito significativa quebra de proveitos decorrente do atual contexto que vivemos e defesa da sustentabilidade da empresa, sem nunca prejudicar os rendimentos dos seus colaboradores", conclui.