Marcelo diz que "se vira uma página" ao pagar o que falta ao FMI - TVI

Marcelo diz que "se vira uma página" ao pagar o que falta ao FMI

  • 30 nov 2018, 15:23
Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa

Presidente da República "muito bem" o anúncio feito ontem pelo primeiro-ministro, no final do debate do Orçamento do Estado para 2019

O pagamento da totalidade da dívida de Portugal ao Fundo Monetário Internacional (FMI) até ao final deste ano é um virar de página simbólico, na opinião do Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa disse esta sexta-feira que viu "muito bem" o anúncio feito ontem pelo primeiro-ministro, no final do debate do Orçamento do Estado para 2019.

Vi muito bem, por várias razões. Primeiro, porque é uma dívida muito cara, tem taxas de juro muito elevadas para a média da dívida pública mais recente em Portugal. Portanto, é bom para os portugueses. Segundo, porque é simbólico, quer dizer que se vira uma página de um período que vivemos todos, que tivemos de viver".

Esse "período da crise perde uma das componentes mais preocupantes, que era a dívida mais pesada em termos de juro", sublinhou aos jornalistas, durante uma visita ao Bazar Diplomático, no Centro de Congressos de Lisboa, que durou cerca de três horas e meia.

Também hoje, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, classificou o anúncio de Costa de ilusório: "Não significa que essa dívida, de repente, desapareça". 

Subida de preços perde ritmo

Em seguida, o Presidente da República destacou a desaceleração da inflação neste mês de novembro, apontando-a como "a boa notícia de hoje".

E é boa porque estava a acelerar, e acelerar a inflação significava ir ao bolso dos portugueses, quer dizer que o nível médio dos preços estava a subir e, depois, tinha consequências, naturalmente, no rendimento disponível. A desaceleração, a verificar-se até ao fim do ano, é uma boa notícia".

De acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgada, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou 0,9% em novembro, em relação ao mesmo mês de 2017, o que significa uma desaceleração face à variação de 1,0% registada em outubro.

 

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