Centros comerciais consideram recolher obrigatório aos fins de semana “um grande golpe" - TVI

Centros comerciais consideram recolher obrigatório aos fins de semana “um grande golpe"

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  • 8 nov 2020, 15:46

Associação diz ter sido "surpreendida" com decisão, uma vez que tinham acabado de assinar um protocolo com o Governo para incentivar a antecipação das compras de Natal de forma a evitar concentrações de pessoas

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) alertou, neste domingo, para as "graves consequências" e "grande golpe" dado ao comércio e restauração com a proibição de circulação nos próximos dois fins de semana, aprovada sábado no âmbito do estado de emergência.

Esta medida de recolhimento obrigatório aos fins de semana é um grande golpe para o comércio e restauração, e para a economia portuguesa em geral”, sustenta o presidente da APCC, António Sampaio de Mattos, ressalvando compreender que a saúde pública está na primeira linha das prioridades.

A proibição de circular nos fins de semana de 14 e 15 de novembro e 21 e 22 de novembro, a partir das 13:00, nos 121 concelhos de maior risco de contágio, foi aprovada sábado pelo Conselho de Ministros e prevê apenas exceções como deslocações a trabalho, regresso ao domicilio, situações de emergência ou passeio de animais de estimação.

Veja a lista dos 121 concelhos de alto risco

A associação diz ter sido "surpreendida" com esta medida do Governo e defende que "as empresas não suportam mais paragens de funcionamento forçadas", porque são situações que provocam prejuízos avultados, perdas de emprego e contribuem para o desacelerar da economia.

Mas na mesma semana em que assinámos com o Ministério da Economia e da Transição Digital um protocolo que tem como objectivo incentivar a antecipação das compras de Natal por forma a evitar concentrações de pessoas nos espaços comerciais, somos surpreendidos com uma medida que pode exactamente provocar essas aglomerações de pessoas noutros momentos do dia e da semana”, avisa o responsável.

António Sampaio de Mattos defende ainda que esta medida vai ter consequências na economia e vai "afetar irremediavelmente" os níveis de empregabilidade por via de falências no comércio e restaurantes, e até centros comerciais.

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