As insolvências de empresas aumentaram 33% no primeiro trimestre deste ano para 1.579, face a igual período do ano passado, enquanto as constituições caíram 17,8%, para 3.398, em termos homólogos, revelou a Iberinform esta sexta-feira.
Este é o valor mais elevado no primeiro trimestre dos últimos três anos em termos de insolvências, refere a Iberinform, empresa do grupo Crédito y Caución, em comunicado.
Apenas em março deste ano, foram contabilizadas 560 insolvências, valor que traduz “um substancial aumento de 67% face a 2020, motivado, em grande parte, pelo encerramento dos processos”, realça.
No entanto, em março do ano passado Portugal iniciou o seu primeiro confinamento no quadro da pandemia de covid-19, facto que condiciona a análise comparativa dos dados mensais, adverte a Iberinform.
Até março, foi declarada a insolvência de 900 empresas, mais 223 que em igual período do ano passado (+33%).
As declarações de encerramento requeridas por terceiros aumentaram 72% no trimestre em análise, situando-se em 369 pedidos, enquanto as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas subiram de 276 no ano passado para 297, isto é, mais 7,6%.
Os encerramentos com plano de insolvência baixaram de 18 para 13 este ano (-28%), lê-se no comunicado.
Lisboa e Porto são os distritos com maior número de insolvências, respetivamente 359 e 388 insolvências.
Os dados analisados pela Iberinform permitiram concluir que o número de constituições de empresas aumentou em março deste ano, passando de 2.490 em 2020 para 3.398 (+36,5%), mas que na comparação com o primeiro trimestre se verificou uma queda 17,8% em termos homólogos.
O número de constituições mais significativo verificou-se em Lisboa, com 2.755 novas empresas, seguido pelo Porto com 1.942, apesar de os dois distritos terem registado uma quebra homóloga de 30,3% na capital portuguesa e de 11,2% na maior cidade do norte do país, esclarece a Iberinform.