Mais de 80% das empresas do retalho e restauração ponderam reduzir trabalhadores - TVI

Mais de 80% das empresas do retalho e restauração ponderam reduzir trabalhadores

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  • AG
  • 3 mar 2021, 14:17
Restaurantes em tempos de Covid-19

Profissionais do setor pedem isenção das rendas ou apoio ao pagamento durante o período de encerramento

Mais de 80% das empresas de retalho e restauração admitem vir a reduzir o número de trabalhadores, se não receberem apoios para mitigar o impacto da pandemia, segundo um inquérito da associação que representa o setor.

A AMRR – Associação de Marcas de Retalho e Restauração acaba de divulgar os dados do mais recente inquérito feito aos seus associados, representantes de mais de 3.500 lojas e restaurantes, que revela que 82% das empresas de ambos os setores considera muito provável ou quase certa que venham a ter que reduzir o número de trabalhadores caso não sejam decididas medidas de apoio para fazer face ao encerramento das atividades”, adiantou, em comunicado, a associação.

Por sua vez, 97% dos inquiridos consideram “importante ou muito importante” que seja determinada a isenção das rendas ou um apoio ao seu pagamento durante o período de encerramento.

Já 74% das empresas dos dois setores defenderam ser “importante ou muito importante” o prolongamento das moratórias de crédito.

Não é aceitável que os empresários tenham de recorrer aos despedimentos para manterem os seus negócios vivos, pelo que é urgente haver apoios efetivos. Este confinamento ocorre após um ano absolutamente desastroso relativamente ao qual há apoios ainda por pagar por parte do Governo”, afirmou, citado no mesmo documento, o presidente da AMRR.

Miguel Pina Martins disse ainda que a associação aguarda “com expectativa, mas com cautela” a divulgação de medidas concretas para o retalho e restauração que permitam “salvar empresas e postos de trabalho”.

A AMRR lembrou ainda que, após três meses com as lojas fechadas em 2020, grande parte do comércio de retalho enfrenta agora um novo período de confinamento, “que se teme de cerca de três meses”, ou seja, no espaço de um ano, o comércio vai ter seis meses sem faturação, sendo que nos restantes seis meses “a faturação teve quedas médias de 40%”.

Entre as principais medidas reivindicadas pela associação está ainda o ajustamento do programa Apoiar, para que, no que se refere à análise da queda de vendas, tenha em consideração “o mesmo perímetro comparável de abastecimentos”, o robustecimento do programa Apoiar Rendas e uma “justa repartição de sacrifícios” entre proprietários de centros comerciais e lojistas.

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