TAP: Turismo de Portugal e empresa avaliam operação de “outro tipo de rotas” - TVI

TAP: Turismo de Portugal e empresa avaliam operação de “outro tipo de rotas”

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  • 7 jul 2020, 16:04
TAP

Pandemia alterou circunstancialmente o mercado da aviação. Governo diz que há uma razão para que a TAP possa fazer outro tipo de rotas

O ministro da Economia disse esta terça-feira que o Turismo de Portugal está a avaliar com a TAP a possibilidade de se fazerem “outro tipo de rotas”, umas vez que o mercado se alterou, devido à pandemia de Covid-19.

Estamos em diálogo com a empresa no sentido de, havendo menos atividade, com a frota que está inativa, seja possível utilizar parte da capacidade da TAP para servir alguns destinos que normalmente a TAP não serviria em função da lógica da sua rede”, disse o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, numa audição regimental da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República.

“Neste momento, como o mercado está circunstancialmente alterado, julgo que há uma razão para que a TAP possa fazer outro tipo de rotas, mas isso é uma discussão que temos de ter com a empresa e que o Turismo de Portugal está a fazer”, acrescentou.

O governante reiterou que a TAP é uma empresa que permitiu atrair “investimento estrangeiro de excelência no setor aeronáutico”.

Nós, na última crise, tivemos uma vontade de privatizar, às vezes depressa, um conjunto de empresas, exclusivamente por razões financeiras. Era, aliás, uma das condições que nos foram impostas. […] Creio que existe agora um maior consenso nacional sobre a necessidade de acautelarmos interesses estratégicos para o país”, considerou Pedro Siza Vieira, questionado também sobre as consequências para o Estado da nacionalização, seguida de reprivatização, da Efacec.

Neste ponto, o governante reiterou que o Governo terá de promover a avaliação da empresa e terá de pagar uma indemnização, que vai decorrer dessa avaliação, a quem ficar definido como credor.

O Governo anunciou na passada quinta-feira que tinha chegado a acordo com os acionistas privados da TAP, passando a deter 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros.

O Estado aumenta, assim, a participação na TAP dos atuais 50% para 72,5%.

A Comissão Europeia aprovou em 10 de junho um "auxílio de emergência português" à TAP, um apoio estatal de até 1.200 milhões de euros para responder às "necessidades imediatas de liquidez" com condições predeterminadas para o seu reembolso.

Uma vez que a TAP já estava numa débil situação financeira antes da pandemia de Covid-19, a empresa "não é elegível" para receber uma ajuda estatal ao abrigo das regras mais flexíveis de Bruxelas devido ao surto, que são destinadas a "empresas que de outra forma seriam viáveis".

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