Greve já suprimiu 50% dos comboios no Porto, situação diferente em Lisboa - TVI

Greve já suprimiu 50% dos comboios no Porto, situação diferente em Lisboa

  • Sofia Fernandes
  • Rita Barão Mendes
  • com VC e Lusa (Notícia atualizada às 12:41)
  • 24 dez 2018, 10:03

Passageiros tentam arranjar alternativas nesta consoada para poderem ir passar o Natal junto dos seus. Paralisação tem serviços mínimos de 190 comboios

A greve dos comboios já suprimiu 50% dos comboios no Porto, esta manhã, véspera de Natal. Em Lisboa, a situação é bem mais calma, com pouca gente na estação do Rossio e poucas composições sem circular.

A TVI24 constatou, na estação de Campanhã, a supressão de metade das ligações que estavam previstas, pelo menos até às 10:00. Os passageiros estavam a tentar arranjar alternativas. Quem queria ir para Coimbra, por exemplo, teve de comprar bilhete para Aveiro e, depois, arranjar outra solução. 

Numa nota enviada às redações, a CP - Comboios de Portugal informa que "circularam 79% dos comboios programados, até às 12:00".

Foram realizados 447 comboios num total de 569 programados para o período das 0h-12h. As 122 supressões verificadas ocorreram já em consequência dos impactos da greve na operação da CP a nível nacional".   

  • Serviços de Longo Curso – Realizados 63% dos comboios programados;
  • Serviço Regional - Realizados 83%% dos comboios programados;
  • Serviços Urbanos de Lisboa - Realizados 76% dos comboios programados
  • Serviços Urbanos do Porto - Realizados 83% dos comboios programados.

Os trabalhadores comerciais da CP – Comboios de Portugal param até até terça-feira, contra o que dizem ser o incumprimento do Governo no que se refere à contratação de quase 90 operacionais. Há, porém, serviços mínimos decretados, com a circulação prevista de quase 190 comboios.

As reivindicações em causa

A paralisação foi convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) e pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), que contestam o “incumprimento do acordado com o Governo, em setembro de 2017, referente ao recrutamento de 88 trabalhadores operacionais […] da área comercial itinerante e para as bilheteiras da CP".

As duas estruturas afirmam também que o executivo e CP estão em "incumprimento para com os trabalhadores" que representam na negociação da contratação coletiva desde 01 de outubro deste ano, referindo que “têm realizado várias iniciativas e apelos junto da empresa e do Governo para que o processo negocial fosse concretizado, não tendo até ao momento obtido qualquer respostas às propostas do Acordo de Empresa e regulamento de carreiras apresentadas".

Segundo a decisão divulgada, na paralisação convocada pelo SFRCI e pela ASCEF, nos comboios urbanos do Porto a CP determinará os serviços mínimos, “em obediência aos seguintes critérios”: “na família Guimarães: três comboios em cada sentido”.

Serviços mínimos

“Família Braga: seis comboios em sentido ascendente e quatro em sentido descendente; Família Caíde: seis comboios em cada sentido” e na circulação em relação a Aveiro terão que existir 11 comboios em cada sentido, determinou o tribunal.

Em relação aos urbanos de Lisboa, haverá em relação à Azambuja oitos comboios, em Castanheira do Ribatejo sete em sentido ascendente e oito em sentido descendente, enquanto entre Sintra e Alverca devem existir em cinco comboios.

Para Sintra-Lisboa Oriente devem circular 13 comboios em cada sentido e entre Lisboa Rossio e Meleças quatro comboios em cada sentido. Já entre Sintra e Lisboa Rossio deverão existir oito comboios em cada sentido.

Na Linha de Cascais foi determinada a existência de 15 comboios no sentido Cais do Sodré-Cascais e 16 no sentido oposto, enquanto na “família Oeiras” ficaram determinados oito comboios em cada sentido.

Na Linha do Sado devem circular sete comboios em cada sentido.

Na base da definição dos serviços públicos está a duração de “dia e meio e, considerando especialmente a época natalícia em que ocorrerá”.

O tribunal referiu ainda haver “meios alternativos de transporte com aptidão à satisfação de necessidades sociais impreteríveis”, de acesso a cuidados de saúde e serviços de segurança, pelo que não acedeu à solicitação de circulação “nos termos amplos dos serviços mínimos propostos” pela CP.

No passado dia 18, a CP – Comboios de Portugal alertou para “fortes perturbações” na circulação de comboios nos dias 24 e 25 de dezembro, véspera e dia de Natal, devido a greve anunciada por duas estruturas.

Por motivo de greve [...] preveem-se supressões de comboios, a nível nacional, em todos os serviços nos dias 24 e 25 de dezembro”.

A transportadora estima também perturbações na circulação dos comboios no dia 26 de dezembro.

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