De janeiro a junho já foram emprestados perto de 4.800 milhões de euros em crédito para a compra de casa. E em junho, os novos créditos dispararam.
Sinal de que o mercado se antecipou à entrada em vigor das limitações impostas pelo Banco Central no que toca à concessão de crédito à habitação, com novas exigências quer para bancos, quer para clientes.
Em junho foram concedidos perto de mil milhões de euros em novos empréstimos para a compra de casa.
O valor mensal mais elevado desde 2010 – como se pode ver pelo gráfico, baseado em dados do Banco de Portugal – ano, imediatamente, anterior à crise no crédito.
A quebra nos novos créditos a habitação é abrupta a partir de 2011 e mantém-se até 2013, ano que marca a recuperação gradual.
Avançando para 2018, junho marca um recorde em 8 anos: foram emprestados cerca de 990 milhões de euros. Mais de 30 milhões por dia.
No conjunto dos primeiros seis meses do ano, o crescimento também foi expressivos com as novas operações a crescerem 25%.
É a torneira do crédito que se desaperta, evidenciada pelas campanhas promocionais e por juros negativos
Mas o fenómeno encontra também raiz na subida do emprego e no maior otimismo dos portugueses quanto às perspetivas económicas do país.
Realidade que se estende aos outros tipos de crédito.