“O governo grego vai fazer uso de todos os direitos legais ao seu dispor”, refere o jornal britânico, citando Yanis Varoufakis.
“Estamos a aconselhar-nos e certamente vamos considerar a possibilidade de uma providência cautelar junto do Tribunal de Justiça Europeu. Os tratados da União Europeia não preveem [a] saída do euro e recusamos a aceitá-la. A nossa pertença não é negociável”.
Recorde-se que o risco de Atenas entrar em falência e sair do euro aumentou depois depois do Governo ter rejeitado as propostas dos credores e ter marcado um referendo para 05 de julho.
Dado o fracasso das negociações, Atenas não vai conseguir reembolsar hoje 1.600 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional e entra assim em incumprimento com aquela instituição.
O primeiro ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou na segunda-feira em entrevista à cadeia de televisão grega ERT, que está confiante de que a Grécia não será atirada para fora do euro, uma vez que se isso acontecer haverá enormes consequência para a Europa.
“Não acredito que nos queiram atirar para fora da zona euro, porque o custo da saída de um país europeu seria enorme", afirmou o chefe do executivo.
Apelando ao voto no “Não” no referendo de domingo, o primeiro-ministro afirmou que só com a consulta popular o governo grego conseguirá estar "mais bem armado para a continuação das negociações" com os seus credores.
Tsipras considera assim que só se o povo rejeitar a proposta do referendo é que Atenas pode obter um acordo mais favorável e "forte" junto dos credores.