O Fundo Monetário Internacional reviu em baixa a sua previsão de crescimento para Portugal, alinhando a estimativa com os números mais recentes do Governo, esperando um crescimento de 1% este ano e de 1,5% em 2015.
De acordo com o World Economic Outlook divulgado esta terça-feira, a instituição liderada por Christine Lagarde antecipa que Portugal cresça 1% este ano, abaixo dos 1,2% previstos em abril na última edição das previsões económicas do FMI e previstos igualmente na 11.ª avaliação regular ao Programa de Assistência Económica e Financeira, que decorreu no mesmo mês.
No Documento de Estratégia Orçamental, apresentado também em abril, o Governo previa que a economia portuguesa crescesse 1,2% em 2014, mas esta estimativa foi revista em baixa em agosto aquando da apresentação do segundo Orçamento Retificativo para este ano, altura em que o Executivo passou a prever um crescimento de apenas 1% em 2014.
Para 2015, no entanto, as previsões mantêm-se alinhadas com as estimativas apresentadas, tanto pelo Governo no Documento de Estratégia Orçamental, como pelo FMI nos seus relatórios mais recentes, prevendo-se que a economia portuguesa cresça 1,5%.
Quanto à taxa de desemprego, o FMI antecipa que esta se fixe nos 14,2% este ano, uma estimativa que coincide com a previsão mais recente do Governo, apresentada no segundo retificativo, em agosto.
Na última edição do World Economic Outlook, publicada em abril, o Fundo previa uma taxa de desemprego superior para Portugal, de 15,7% em 2014.
Em 2015, a taxa de desemprego em Portugal deverá recuar para os 13,5%, de acordo com o FMI, abaixo da previsão mais atualizada do Governo, que foi apresentada em abril e que apontava para uma taxa de desemprego de 14,8% no próximo ano.
Comparando com as últimas previsões económicas, o Fundo melhorou as suas estimativas, uma vez que em abril antecipava uma taxa de desemprego de 15% em 2015.
A instituição piorou ainda em 0,3 pontos percentuais a previsão do crescimento económico na zona euro para este ano, estimando agora um aumento médio de 0,8% do PIB nos países da moeda única.
E reviu ainda em baixa o crescimento da zona euro para 2015, prevendo que se fixe nos 1,3% e não nos 1,5% estimados na atualização ao World Economic Outlook de julho.